S I N C R Ô N I C A C I D A D E
S I N C R O N I C I D A D E
Esse lugar está cercado de explosões
Parece a Faixa de Gaza bombardeada
A arder em sucessivas detonações
A bomba do nazismo
A bomba do consumismo
A bomba do judaísmo
A entidade sobrenatural
A bomba do criacionismo
Explode na atriz da novela
Metáfora da irrealização
O jornal na Tv noticia o tempo
Trêmulo, ânsia do dia seguinte
Na janela o nariz busca o ar
Salve Jorge e a Viagem Vamp
Vale Tudo com Débora Bloch
Eu quero respirar a atmosfera
Sem dióxido de enxofre
Sem monóxido de carbono
Sem óxidos de nitrogênio
Mas na telinha alguém disfarçou
E soltou um pum, educadamente
Alguém saltou da ponte
Desta para outra dimensão
A síndrome do pensar célebre
Tornou a fazê-la correr
Na academia ela morria de tédio
Apelei para um relax: Mozart
O Concerto Número Dois
De Rachmaninoff
Ou o Expresso Circular 2222
Estou sozinho e sorrindo
Ouvindo Gil, Mozart e Dvorak
Violinos zunem sob a tutela
Da Sinfonia das Cordas
Ivan Fischer move as costelas
Penso na Teoria das Cordas
Um pensar de ficar na Ficção
Um Et, não sei se meu parente
Sugere, luminescente, essa visão
Os dedos de Ludmila dançam
Sobre as cordas do violoncelo
Sugerem nelas movimentos
Ritmados de sonsa masturbação.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 01/06/2025
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