P E R S I S T Ê N C I A

O tempo do amor não passa
O tempo do amor não para
Ontem se foi sem saudade
O amanhã ainda vai chegar
Hoje dia dia, dia de amar:
Desconhecidos se encontram
Anoitecidos tecem a manhã
Muitos vagam suas almas
Buscando livrar-se do nome
Raimundo. Almas anêmicas
Fatigadas, buscam um rumo
Lugar onde migram as preces
O dia é dia de mar e malamar
Os gritos de dor esquecem
Aqueles que não mais buscam
Sofrem com a falta do idear
Desistem da própria espécie
Antes de chegar o tempo
O tempo da separa ação
Do amor desconectar do eixo
Que une o físico nos leitos
A força da gravidade ñ mais
Atrai os corpos solitários
O botão não encaixa na casa
O galo não cantou de manhã
O pássaro perdeu suas asas
PSI investiram em + bombas
Espíritos migraram dos corpos
Mortos atingidos por escombros
Mas o amor insistiu
Nossa mãe, puta que pariu
O amor de novo aliou-se
Achou-se no raiar do sol
Eu amo minha amada, ainda
Q de uma distância regulamentar.