“PAPAI QUERIA SER DITADOR”
“PAPAI QUERIA
SER DITADOR”
CADA GERAÇÃO representa uma nova síntese da cultura. Toda geração posterior a outra mais antiga, tende a questionar os valores anteriormente aceitos e divulgados pelo conjunto institucionalizado da afirmação cultural da geração anterior.
A NEGAÇÃO da Negação significa que a simples existência de uma nova geração nega o quer há de mais conservador e tradicional no espectro social e político da geração precedente. A nova geração nega, por exemplo, a tradição pátria família defendida por Bozonagro. Seu discurso ultraconservador, autoritário e nacionalista ao extremo. A geração a qual pertence o Bozo abusa do anticomunismo para enganar seus eleitores com um populismo ganancioso, oportunista, arrivista.
CONTRA ESSE arrivismo oportunista, a parte mais inteligente e contestadora da geração ascendente na década de setenta do século passado, se rebelou. Rebelar-se contra a cultura antepassada de seus pais e genitores, não é nada fácil. Não foi nada fácil para aqueles pioneiros beats e hippies contestarem a ida de jovens para morrer, em massa, no Vietnam, para defender a causa perdida do “american way of life”.
O MODO americano de vida, o estilo social de dominação cultural dos senhores das Sinagogas, produtores da cultura globalizada dos comedores de hambúrgueres, hoje gerida pelo Pato Donald Trump, estava sendo contestada pela juventude da época. Beats e hippies representaram essa contestação intensamente reprimida pelo Estado policial dos governantes da época.
É POR DEMAIS evidente que os que tinham como armas flores, não poderiam ganhar a guerra contra os que tinham cassetetes, armas de fogo e mísseis nucleares. A cultura das gerações passadas homicidas ganhou o mundo dos celulares e das pererecas. A cultura do consumismo consumiu o sonho americano pela busca da realização material. A espiritualidade universal foi vencida pela hipocrisia dos frequentadores de templos e igrejas, cujos pastores e padres fazem cantar e dançar seus fiéis que ainda estão intensamente influenciados pelas culturas anteriores: todas pagãs.
A GERAÇÃO represada das décadas de sessenta e setenta, fez o que pode para levar às novas gerações uma mensagem que não fosse de arrivismos social militarizado, e consumismo político conservador. Os Trump, Putinhos e Bozonagros estão na frente ampla da política, comandando os acólitos, galeras e cambadas de bestas iletradas, semianalfabetas, que invadem, em nome do conservadorismo mais reacionário e corrupto, a sede dos poderes de um país, depredando seus ambientes interiores.
O OITO DE Janeiro macabro, conservador, retrógado, antiquado, obsoleto, atrasado, anacrônico, invadiu a sede dos poderes constituídos, em busca de um jeitinho brasileiro de tornar contínuo, o domínio de um sujeitinho intelectualmente despreparado, mas que representava (e representa) o que de pior e de mais mentalmente deteriorado há na sociedade brasileira: a vontade de um político extremamente corrupto, extremista de direita, ser um ditador, num país de milhões de pessoas já torturadas sob a chibata de uma realidade política atroz que a extrema direita faz questão de acentuar.
A FACÇÃO conservadora mais radical do espectro político da direita nacional, quer implantar no país, o modelo social-comportamental do Estilo de Vida Americano vigente da realidade americana dos pós Primeira Guerra Mundial. Estilo esse caracterizado pela política do consumismo desvairado, pela busca da realização material que enfatiza a crença no trabalho árduo a serviço dos capitães da indústria da livre iniciativa, governada pela regência, ou chefia, dos líderes da extrema direita Bozo Onagra.
“PAPAI QUER ser ditador”, parecem dizer os filhos do Bozo. “Por que não deixam papai ser ditador”??? Parece dizer o senador Flávio Bozo Onagro em suas aparições públicas. Os filhos do Bozo pertencem a uma simulada nova geração que defende todas as bandeiras, as mais conservadoras e reacionárias, das gerações passadas. A negação da negação (uma nova geração que afirma que houve de mais orgânico na geração passada), não se manifestou nos filhos do Bozo Onagro.
FILHOS ESSES criados para usufruir as mordomias políticas do padrão sempre vigente, e amplamente utilizado por políticos tipo Collor, tipo Trump, tipo Eduardo, Carlos e Flávio Bozo. O Brasil, para completar nosso belo quadro social, conta com um Congresso que tem uma Câmara com deputados que fazem justiça às três (3) primeiras sílabas desta palavra: deputado.
NA FILOSOFIA, “negação da negação” reporta-se a uma forma de pensar que visa questionar uma situação política, social e econômica negativa. Na Dialética de Hegel, a negação da negação conduz a uma nova síntese do entendimento e superação dos conflitos que impedem uma sociedade de desdobrar sus conquistas em direção à construção de melhores e mais inclusivos modos de vida. A extrema direita não reconhece as conquistas sociais nesta direção. A extrema direita só vê e incentiva a política dos capitães de areia da indústria, e de seus ganhos na especulação financeira.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 21/05/2025
Alterado em 21/05/2025