AS RUAS POP DA SOBERANIA

Na pátria alegre, flameja a Carne do Val
Entretenimento da depressão: farra folia
Folguedo distração. O transe da fuga, onde
No barco dantesco do barqueiro Caronte
Haveria alegria, alegria: a folia das almas
De passagem comprada para o tórrido H
O compromisso com o Hades. Na 4ª feira,
Cinzas. Voltam à vida os foliões de larvas
Por mais 365 dias velejarão fragmentados
Nas ondas revoltas do mar dos costumes
Marinheiros mareados fizeram um pacto
Com as armas. Um messias louco abona
Uma pátria de torturas, a volta da aflição
Na miserável ditadura, o Capetão jura
Revalida, pactua: ele quer ditar a dor
A qualquer preço. Empunha punhal verde
Amarelado, ulula o criminoso assanhado
Pela política das fake News. Ele e seus
Filhos, os kids pretos, funestos, aziagos
Juram torturas, perseguições, ditadura    
Seu compromisso escorado no horror
De se ver a comandar regime de terror
Ápice de sua dádiva nefanda malmequer
A aflição da multidão fugiu para a folia
Movida em busca de bem-estar e euforia
Festejou o Oscar de melhor filme do dia
“Ainda Estou Aqui: Vim Para Ficar”
Proclamou a Fernandinha do alto dela
Da Torre poderosa e fértil: na Torre
Inexpugnável da imortal Democracia.