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EU LÍRICO
EU LÍRICO

No Princípio é o verbo. O verbo do Eu Lírico
Palavras livres trafegam no mar revolto deles
Dos significados. Correspondem e se desatam
Do feixe fascista que as tornam empoeiradas
Pavorosas rosas de eventos fúnebres, tóxicos
Afixos e sufixos em sociedades anônimas
Satisfazem-se com transferências no Pix
Unidos bailarinos em formação de gangues
Decidem os destinos de países não + livres
O Eu Lírico se traveste em arengas, inverte
Os sentidos formatados para motejar, para
Pagodear o laço enganoso das inverdades
As redes sociais, via big-techs, padronizam
As mentalidades e ânsias dos esquecidos
Eles querem voltar à vida, mas, no caixão
Dos que comem capim pela raiz, estão
E não se levantarão jamais. A poesia, ela
Colidiu com os interesses vexaminosos
Da magia de mercado. Tudo que é vil
E vulgar, é motivação de bis e aplausos
Os raios globulares do Eu lírico surgem
Luzes flutuantes na tempestade de gases
A cidade transformada em câmara de gás
No campo de concentração da hipocrisia
É um OVNI em forma de verbo, palavras
Cântico sozinho no deserto das peças
Engenhocas do desenvolvimento do PIB
Eu Lírico, este meteorito no planeta, orbe
De novos e enigmáticos significados
A simples simplicidade não se reconhece
Em suas camadas sedimentares antigas
Suas cantigas não mais se reconhecem
No complexo mistério, frutos enjeitados
São achados nas camadas geológicas
Dos mistérios. A Zelensky, o Gorila
Louro, presidente dos EUA, deseja
Extrair os órgãos internos, congelar
Depois tirar do freezer, assar e comer
A voracidade do canibal esfomeado
Por dinheiro e poder não tem termo
O Eu Lírico quer salvar com verbos
As palavras que redimem as criaturas
Livres tornadas vulneráveis pelo poder
Ignominioso dos autocratas covardes
Eles invadem países com suas Big
Estratégias, Usura do ágio capital
High-techs, Bigbrother ignominioso
O poder covarde dos bilionários
Contra as populações suburbanas
Na Faixa de Gaza e na Ucrânia
Sobreviventes dos bombardeios
Buscam refúgio no que restou
De humano nas instituições
Algumas delas ainda defendem
O que sobrou de humano neles
Sobreviventes dos escombros
De seus filhos, de sua mesa
Sem café da manhã, à espera
Dos marmitex , salvo o almoço
Enquanto os jatos hipersônicos
Do Elon Moska se preparam
Para diminuir a distância entre
Eles, os autocratas sobreviventes
Do “Dia Seguinte” deste mundo
De ultrajes a rigor no Parque
Temático da Terra do Lucro
Delírio monetizado do desamor.  
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 01/03/2025
Alterado em 01/03/2025
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