TEMPO SEM CONSERVANTES

Todos veem a Tv e suas mil emboscadas.
Todos ignoram o passar do Tempo. Passou.
Quantos sabemos: estamos a viver o passado.
As comemorações estão dentro da data vênia.
Os olhos só veem pelo buraco da fechadura.
Os oratórios cantam os deuses de Valhalla.
A extrema direita canta a morte e a batalha.
Todos os lugares estão vivos de fantasmas.
As almas aflitas estão a se sentir culpadas.
Todos os caminhos estão quais ruas sem saída.
O mundo está familiarizado ao larbirinto.
As mães com carinho canibalizam os filhos.
Os pais e o país tremem de medo da filiação.
Os sentimentos estão todos no freezer.
Os tinos estão na Gaiola das loucas de Faraday.
As ideias passam nas mentes a insegurança.
As vozes mais falam as falas do asno.
As boas perguntas não têm nenhuma resposta.
Políticos lavam as mãos e o $$$ dos alimentos.
Todos os sentidos estão plugados em ansiedade.
Todas as idades contaminadas pela pedra.
A evolução parou nos primatas sapiens.
Estamos, sem saber, numa Dobra do Tempo.
Já passou a hora e o momento de despertar.
Quando setembro passou??? Depressa.
Seu aniversário está na existência datada.
As escolas e os docentes ainda ensinam nada.
As teias de aranha mumificaram todo mundo:
De repente, não mais que de repente.
Os primatas não estão virando gente.
Chapeuzinho Vermelho, o Lobo USA fralda.