A GAROTA DOS MORTOS (III)
A GAROTA DOS MORTOS (III)
Babilônia exulta, orgulha-se de seus horrores. As unhas sujas de toda espécie poluente de sadismo social, penetra a vida sedentária das pessoas da sala de jantar. A educação fundamental e média foi substituída pela educação TV visível.
As autoridades lavam as mãos, entregam a maioria licenciosa à natureza da tirania feroz do mercado. Os pendores sádicos adormecidos são despertados por personagens que roubam a alma e a fé dos homens. Quem consegue resistir ao tempo e às personagens da telinha? Do telão? As crianças afogam-se aos poucos. No sofá. Na sala de jantar. Os adultos mergulham fundo na passividade existencial. E a política das tias se estabelece.
As tias de Paula, presumo, permanecem em estreito conluio com o passado. Ela está a se libertar da rédea curta com que era manipulada pelos parentes. Vê o futuro a partir de uma esperança presente de renovação. Não quer presenciar a filha crescer respirando essa gênese anímica de animosidade mórbida da necromancia repugnante.
Acredito em seu despertar. Admite a verdade de que o horror jamais deve ser aceito como um fenômeno social normal. E sim, como uma mórbida doença provisória, de uma sociedade que ainda não encontrou seu melhor caminho.
Ninguém pode ou deve negar que estamos à mercê, estamos assalariados por essas forças enfermiças, patológicas. Creio eu que essa “não” seja uma condição existencial definitiva. Como saber de que modo superar esse supremacismo sobrenatural que nos governa a alma desprovida de defesas tais, das quais não dispomos???
Como impedir que possamos servir de canal, de portal dimensional para a entrada de entidades que se avizinham de nós por vias outras que ainda desconhecemos??? Paula servia de uma espécie de vórtex que conecta esta dimensão em que estamos, a outras dimensões que não sabemos exatamente quais. Quais dimensões estão a coexistir bem do nosso lado???
Elyos e Hades, entre outros, são demônios que aprenderam a usar o passado das pessoas, o carma tenebroso de suas vidas passadas, o sinistro e aziago acúmulo de culpas que não sabiam, nem sabem ainda superar. Esses demônios tornam as pessoas vulneráveis às suas influências deletérias. Tornam as pessoas atores de uma peça de teatro macabro, emporcalhadas servas de desditosas e nefandas artimanhas.
Usam esse passado cármico do qual se não podem livrar-se as pessoas, para fazer delas uma passagem para o mundo físico dos vivos. Querem ganhar encarnação, mas não conseguem a superação das leis universais, cósmicas, que regem a não-infiltração desses espíritos desencarnados, entre diferentes dimensões do existir. Esses espíritos de porcos não podem, mas tentam ganhar encarnação no mundo dos vivos. Se tal intento conseguissem, serviriam de “cabeças de ponte” para a dominação dos senhores do mal.
Essa dimensão mágica, em tempos muito antigos era conhecida por “Elyos”, tribos malignas de seres demoníacos encarnados, colocados no mundo material em realidades de convívio separadas da outra realidade dimensional à qual pertencemos. Essas tribos de “Elyos”, desde a mais remota antiguidade tentam, através de portais dimensionais, infiltração nas comunidades e tribos humanas com seus exércitos demenciais frutos da crueldade que existe nos confins proibitivos do universo.
Eles, esses seres, espalham a dor e a destruição no mundo de pessoas humanas que vivem em outras dimensões, encarnadas nas formas humanoides entre as quais conhecemos a forma física, da qual fazemos parte.
Os asmodianos eram seres superiores habitantes de mundos muito antigos. Faziam parte de Civilizações das quais não mais há traços de existência material terrenal. Fundaram cidades e criaram, na Terra, a civilização conectada ao planeta de origem deles, o globo celeste de Elyos. Esses deuses criariam, sob a influência suprema de outros deuses, muito futuramente no Tempo da Terra, os primatas Homo sapiens.
Estes Homo sapiens trouxeram a possibilidade a este planeta Terra, da vinda da deusa Lisnar, por amor aos homens e a seus espíritos A deusa Lisnar e seus exércitos, defendiam a espiritualidade destrutiva de Elyos diante da convivência com os demais habitantes do planeta que disputavam a supremacia ou dominação planetária definitiva. O que não aconteceria nunca. Nem acontecerá jamais.
Paula era uma mulher usada nos rituais de posse dos remanescentes dessa civilização de Elyos. A Terra ainda hoje, agora, está sob o ataque de sociedades extraterrenas que disputam entre si, a posse dos corpos humanos. Seu corpo, meu corpo. Os corpos de todos os humanos nascidos dos antigos pais do mundo carnal resultante da conspiração que, na teoria, hoje vigente, deriva-se de Adão e Eva.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 27/11/2023