BANHO SOLAR

Minha querida por vezes sombria
Não sabe quem quer nem ao certo
Quem queria. Ela não mais atinava
No quem gostava em quem amava
Vivia atinada no mundo intruso
No universo astral. Mágico anjo
Fatal acima do bem e do mal
Transcendia à Terra. Seu alcance
Chegava às águas mais límpidas
Do Grande Oceano Universal
Gostaria de fazer jus à sua parte
Singular na prosa dos multiversos
Nos quais facilmente habitava
A se banhar num mar só. Só dela
Em companhia irreal de seres vivos
Vizinhos às criações de aquarelas
Quando lembro dela meus sonhos
Povoam-se da realidade das fadas
A Adolescente do Tear ateia fogo
Nos mundos pouco profundos
De pessoas e desejo, de solfejos
Atonais. Para ela esses seres ñ são
Seres reais. Seu lar no momento
No ápice presente, é o vento
Seus pensamentos são melodias
Que enriquecem meus dias.
Seus versos falam de almas
Que almejam fazer felizes atos
Atores e atrizes equilibrando-se
Na linha da ponte entre o mundo
Físico e a linha do espírito caminho
Do Horizonte. Hoje no Oeste
Trilhas a Senda, renova-te no sol
Do amanhecer. Signo da transição
Direção ao Arcano da imortalidade
No dizer amável da cantoria
A gente faz amor por telepatia.