A Patologia Social Na “Construção” De Chico Malandro
A Patologia Social Na “Construção” De Chico Malandro
A canção “Construção” abriu O Caminho Para O “Bolivarismo De Arribação”. Arribação é a ação de chegar a algum lugar. A sociedade brasileira estava num beco sem saída. De um lado os militares cada vez mais hostilizados pela opinião pública e pelo jornalismo dos veadinhos “intelectuais” da imprensa nanica. E da grande imprensa.
Do outro lado uma sociedade proletária insatisfeita com a falta de oportunidade e o sucateamento de suas melhores possibilidades de arrribação. Todos desejavam chegar a algum lugar de privilégio dentro das milhares de supostas oportunidades de ascensão social que diziam, se abriam a todos. Só não era alpinista social quem não queria. Essa era a teoria, na prática, “pra baixo todo santo ajuda”.
Chico Malandro, Edu Lobo, entre tantos outros compositores da MPB esquerdopata, bem assessorados pelos fanáticos do comunismo na música popular brasileira. Criavam, desta forma, uma maneira de atingir emocionalmente o coração popular. E atingiram via mitologia do anti-herói.
O coração popular ferido pelas impossibilidades de tornar realidade o sonho pessoal e social do capetalismo selvagem: a prática do alpinismo social a toda prova levava os migrantes internos à condição de “Mergulhadores de Acapulco”. A grande arribação nacional das classes médias proletárias para as grandes cidades (Rio/SP) em busca do sonhos americano quando o sonho americano havia acabado.
A MPB impulsionou os grandes temas da migração (Arribação) esquerdopata brasileira: todo o interior do Brasil queria participar da “sopa primitiva” urbana. “Os Mergulhadores de Acapulco” se lançavam de cabeça, aos milhões, no precipício urbano das metrópoles igual os prisioneiros dos campos de concentração nazistas quando abriam as torneiras dos chuveiros e agonizavam sob o efeito do gás carbônico, do dióxido de enxofre. E sufocavam na atmosfera poluída da grande cidade ilusão.
Enquanto Chico Malandro — (Gil, Caetano, outros) — ganhava rios de dinheiro com a comercialização da miséria pessoal e social de “Pedro Pedreiro”, “Geni e o Zepellin”, “Construção”, canalizando a revolta natural dos milhões de “Mergulhadores de Acapulco”, estes, a propósito de exibir a “cara e a coragem” da Arribação, encontravam a desilusão, quando não a morte, sob o monóxido de carbono das ruas da cidade decepção. A profundidade da água em que mergulhavam às cegas, repleta de tubarões, rochas e estalagmites marinhas. Quando abriam a torneira do chuveiro para o banho matinal, mortificavam-se com o gás da sobrevivênvia sob o efeito discursivo da demagogia de palanque do ferreiro Analfabeto do ABC Honoris Causa.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 25/12/2015
Alterado em 27/12/2015