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A Comemoração Da Dependência A Um Estado De Corrupção
A Comemoração Da Dependência A Um Estado De Corrupção

Nesse 7 de Setembro não houve nenhum sentimento nacional pertinente à comemoração da Independência do Brasil. Ao contrário: todos se sentiam dependentes. Do lado de dentro do “Muro da Vergonha” estavam as atoridades de palanque e de arquibancada. Uns se ofereciam às vistas dos outros sem que houvesse entre eles nenhum respeito à autoridade que deveriam representar.

As mesuras dos subordinados palacianos prestando-se aos salamaleques da Corte, não traduziam nenhum respeito próprio e mútuo. Não havia nenhum sintoma de democracia no amontoado de autoridades e seus puxa-sacos de estimação. Na parte interna do “Muro do Apartheid” os obedientes e suas mesuras e cortesias habituais traduziam a frustração social dos que estavam do lado de fora dos beleguins da presidente Pasadena, a Panfletária.

Não havia nenhum entusiasmo nas comemorações. O 7 de Setembro mais parecia, na parte interna do “Muro do Constrangimento” um aglomerado de parasitas do poder dedicados às tarefas de manter em dia os afazeres políticos poluídos pela corrupção palaciana. Na arquibancada, a galera mais parecia estar no entrevero de um enterro na ante-sala da necrópole anterior à descida do caixão.

Até o pessoal que fazia as honras ao evento tenebroso do 7 de Setembro do outro lado, do lado de fora do “Muro da Vergonha”, os escorraçados, os excluídos do poder (na realidade 95% a 97% do Povo eleitor brasileiro) se comportavam com o entusiasmo frustrado dos que se sentem traídos e humilhados por aquelas autoridades despóticas que deveriam representá-los caso estivessem a viver numa democracia.

Mais parecia, toda essa conjuntura de eventos oficiais e extra-oficiais, uma encenação nostálgica do que em outras ocasiões comemorativas do 7 de Setembro, poder-se-ia definir enquanto um acontecimento patriótico que um dia motivou os brasileiros à participação no evento de comemoração de uma suposta soberania do colonialismo português. Onde havia alegria? Onde havia espontaneidade: Não nesse 7 de Setembro fora e dentro do “Muro dos Excluídos”. O país mais aparentava ser uma necrópole.

O país chorava calado a permanência de uma criatura e de seu criador no poder político. Poder que haviam usurpado fraudulentamente na apuração das urnas. Lulla Gullag e Dilma Pasadena entristeciam sobremaneira o país carente do sentimento, nos corações e nas mentes, de um povo indigente e órfão da democracia.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 09/09/2015
Alterado em 09/09/2015


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