Ana Paula estava atrás das grades de uma prisão russa. Há milhares de milhas de sua terra natal, Porto Alegre, Brasil. São trinta as pessoas que com ela estavam prisioneiras como se tivessem cometido crimes contra a humanidade. Na realidade os crimes contra a humanidades dessas pessoas estão sendo cometidos contra elas e o direito constitucional delas de ir e vir livremente. E fazer seus protestos contra a poluição ambiental que ameaça a Terra.

O “crime” de que são acusadas se configurava pela participação coletiva num protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico. O protesto foi classificado pelo Serviço de Segurança da Rússia (a nova KGB) como sendo uma atitude de pirataria. Essa acusação absurda poderia lhes render 15 anos de restrição à seus direitos de liberdade pessoal garantidos por todas as constituições de países ditos democráticos. Supostamente. Democráticos.

Todos sabem, desde A República de Platão, que as sociedades ditas democráticas estão sempre à beira do naufrágio, ou seja, de condenar à prisão e, por vezes, à morte, aquelas pessoas que são excluídas arbitrariamente de seus direitos constitucionais de se manifestarem contra o egoísmo exacerbado e o poder pelo poder de chefes de estados que se espelham na imagem despótica de líderes pré-históricos tais como Hitler e os invasores bárbaros da Antiguidade.

Perguntamos de que valem as faculdades de filosofia e de direito num mundo globalizado pela arbitrariedade de seus governantes, de suas representações políticas e de suas instituições jurídicas e judiciárias.

A educação desde Platão é absurdamente negligenciada. E as pessoas do mundo globalizado pela tecnologia continuam vivendo em cavernas primitivas onde se mantêm enquanto sombras num mundo cada vez mais sombrio. continuam dentro das cavernas apartamentos com uma tecnologia que as distancia cada dia mais uma das outras.

As denominadas redes sociais servem mais, maioria das vezes, para as afastar umas das outras. Ou aproximá-las usando a linguagem cultural do neolítico. Altas tecnologias para muito baixos padrões culturais.  

Seus direitos, os mais fundamentais são desrespeitados todas as horas. Todos os dias. Conhecer as mazelas do mundo globalizado e agir contra elas é considerado crime por governantes responsáveis pela deterioração gradativa dos recursos naturais do planeta e pelo sucateamento mental precoce de bilhões de crianças e adolescentes que seriam, se educadas fossem de modo pertinente, as responsáveis pelas mudanças que esses governantes lhes negam o direito constitucional de vir a fazer.

a percepção da realidade da grande maioria dessas pessoas continua na idade da pedra lascada. Quem sabe com muito otimismo se possa dizer na idade da pedra polida.

Você, caro leitor, precisa se solidarizar com esses ativistas dos direitos da natureza porque a natureza não pode se mobilizar para defender-se dos atos de vandalismo oficial perpetrados por empresas multinacionais que não têm nenhum mínimo compromisso com a preservação das espécies. E muito menos com a preservação e a qualidade de vida da espécie humana. À qual deveriam, esses governantes, pertencer.

Mas eles governam apenas e exclusivamente a serviços de seus interesses minoritários e governam apenas em função desses interesses econômicos, jurídicos e políticos que não são da espécie Homo sapiens, sapiens, mas se configuram como sendo em defesa da espécie Homo demens que representam.

Suas motivações nada têm a ver com humanismo e Humanidade. Estão, literalmente, a serviços de atitudes oficiais genocidas camufladas de dados estatísticos a  serviço do aumento do PIB de seus países.

O escritor brasileiro Sereno Hopefaith numa das epígrafes de capítulo do livro A Mochileira (Thundra) reproduz a opinião do paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos Stephen Jay Gould, o mais lido e conhecido divulgador científico de sua geração:

"A ideia do homem como o pináculo da cadeia evolutiva é absurda. A inteligência é uma formidável ferramenta desenvolvida pela humanidade, mas não uma garantia de sobrevivência. O intelecto humano não tem compromisso absoluto com a sobrevivência da humanidade nem com a manutenção da vida no planeta. O progresso que a inteligência produziu pode ser um atalho para a extinção da espécie humana".

Essas pessoas e ativistas do Greenpeace trabalham em favor da preservação, não da extinção da espécie Homo sapiens/demens. Mas a demência dos atuais governantes prepondera simplesmente porque eles exercem seus cargos públicos em defesa de direitos privados. Eles governam em conluio globalizado de governos que se apoiam mutuamente no poder absoluto de suas governanças. E o poder absoluto, sabemos, corrompe absolutamente suas mentalidades tirânicas.

Some-se, caro leitor, aos atos de solidariedade em defesa da libertação definitiva desses ativistas. Some-se às pessoas que estão a defender a legitimidade de ações de livre iniciativa, pessoal e coletiva, em benefício da preservação dos recursos naturais do planeta Terra. Subscreva a intenção de sua cidadania planetária.

Participe da subscrição da petição de princípio em defesa da tese de que as garantias de direitos constitucionais, individuais, devem e precisam ser defendidas e respeitadas. Manifeste sua participação contra a arbitrariedade daqueles que estão, todas as horas, todos os dias, mostrando que mandam e desmandam no mundo, assegurados unicamente na arbitrariedade de seus atos de poder. Pelo poder. Em atos de tirania.

Que estão esperando esses governantes tirânicos que investem na exclusão dos direitos individuais das pessoas se manifestarem em favor da qualidade de vida planetária, para viabilizarem os ensinamentos de um dos pais da Filosofia? O filósofo Sócrates afirmou há 2.500 anos que governar é estar a serviço dos governados. Praticando a política como os médicos que merecem esse nome praticam a medicina. A justiça é superior à injustiça. E é preferível sofrer a injustiça do que praticá-la.

Injustiça é sinônimo de desunião, violência, polêmicas inócuas e discórdias. Injustiça é sinônimo de violência, guerras, discórdias. Injustiça é sinônimo de uma educação voltada para o ensinamento de crianças e adolescentes no seguir a cartilha do ABC da prostituição e do tráfico de entorpecentes. Injustiça é manter o planeta sob a chibata dos poderes públicos que deveriam, por dever constitucional, defender a qualidade de vida para seus habitantes.

Envie um e-mail para a presidente Dilma e o embaixador russo no Brasil em prol da liberdade definitiva desses Ativistas da Qualidade De Vida Planetária. Eles estão na luta por você, por sua descendência. Em prol da preservação dos direitos das espécies. Acesse www.greenpeace.org.br