HOLOCAUSTO NUNCA MAIS (PSICity) ROTEIRO DE CINEMA (3ª REDAÇÃO) 14
174. INT. PLATAFORMA DO PLATÔ — DIA/NOITE.
NORTON
(contido e ansioso)
O lugar é primitivo e ao mesmo tempo high-tech.
ROSSI LEE
(advertindo)
Não há caminho de volta. Como sair desse lugar? — Os olhares convergem para o ambiente de onde há pouco saíram. Dezenas de cavernas e fissuras na rocha mostram-se acima e em volta deles. A passagem pela qual vieram se confunde com outras.
175. INT. PLATAFORMA DO PLATÔ — DIA/NOITE
NORTON HERMANN E VASSARI
(eles conversam. As legendas em iídiche traduzem as falas)
NORTON
(admirado e afirmativo)
Este é o lugar. Aquela árvore conduz a Amrita. Ou Amrit, o elixir da vida Sing na língua Punjab: a coragem e os poderes do leão. Uma vida saudável e longa.
VASSARI
(surpreso)
Mas é apenas um baobás. Vi um em Recife, na praça da República.
NORTON
(tentando parecer didático)
A fruta mukua é rica em vitaminas e sais minerais. Não é por isso que se associa à vida longa... (pensativo)... Muito longa. Após curtir a pele da serpente “anfisbena licranço”, a água do tronco do baobás fica permeada de uma substância sutil e quase imperceptível, bolhas parecidas com vitórias-régias (olhando com ares de cumplicidade para VASSARI).
VASSARI
(olhando para um desenho esculpido no tronco da árvore)
Duas cabeças peçonhentas, os dois mini-chifres da serpente adâmica. Origem do povo Rama dos naacales. A lenda de Deccan, capital de Rama há 7000 anos a. CRISTO.
NORTON
(concluindo)
"Vida longa para seus habitantes". Os anciões muitas vezes centenários desde as mais antigas lendas. — (A conversa continua em iídiche).
HERMANN
(desliza os dedos na gravura que reproduz um tatu a escavar um fosso profundo)
Hábito fossorial, nunca cansa de escavar.
NORTON
(as pontas dos dedos perpassam o final da inscrição)
O dialeto naacal conduz à capital lemuriana. "Ser saudável por mais tempo: o trabalho ferve". Está lá, no “Arquivo Jângal” que iríamos encontrar essas indicações.
176. INT. PLATAFORMA DO PLATÔ — DIA/NOITE
(Identificadas as reentrâncias e saliências no paredão da rocha que conduz até embaixo ao platô, a Expedição começa a audaciosa descida).
NORTON
(iniciando a descensão)
Talvez os orifícios contenham animais peçonhentos. — (Olhando para ADRIANE TAUIL). — Não olhe para baixo. Concentra a atenção no movimento das mãos.
ROSSI LEE
(intimamente convicto)
O “Arquivo Jângal” começa a fazer muito sentido!
(Eles descem a muralha na vertical. O foco vai aos poucos mostrando a beleza da paisagem surreal lá embaixo. Há uns 60 metros. Como se fosse a entrada de algum Paraíso Perdido. Ou de algum monastério dantesco).
177. INT. DA ROCHA. ESCALADA DESCENDENTE NO PLANO VERTICAL DO PENHASCO — DIA/NOITE
HERMANN
(advertindo)
Nos orifícios há crias de escorpiões amarelos. Eles são venenosos.
ADRIANE
(intranquila, dirige-se a ROSSI LEE)
Esse lugar... Cheio de surpresas inquietantes!
HERMANN
(impositivo)
E ainda nem chegamos. Fique tranquila. Se for picada, há antídotos. — (Olhando de soslaio ele para e estica o braço em direção a um exemplar de escorpião amarelo conhecido por “tityus strandi”, gênero “serrulatus”). Lentamente aproxima a mão esquerda, enluvada, do bicho. Hábil e rapidamente o suspende, pegando-o abaixo da ponta do ferrão venenoso. Após pressionar o polegar e o indicador, ele olha o pedaço da calda do lacrau que ficou na mão.
ADRIANE
(apreensiva, contendo o impulso de olhar para baixo)
(Em um momento de desatenção ela se desprende e parece cair, enquanto estende um braço em direção a ROSSI LEE, tentando segurá-lo e evitar a iminente queda).
(Dos orifícios da rocha projetam-se sobre os membros da Expedição, escorpiões e aranhas. Eles olham seus corpos desprenderem-se dos pontos de apoio. Os membros desabam no vácuo, em direção a profundidade do platô. Sentem-se sugados por um túnel, como se tecido de teia de aranhas).
178. INT. DA ROCHA — DIA/NOITE
(Os membros da Expedição Norton caem como que amparados por uma força magnética. Essa força imponderável os conduz lentamente em direção ao solo do platô).
179. AMBULÂNCIA. ENTRADA DE HOSPITAIS. MORGUES — DIA
(Dezenas de corpos saem de ambulâncias. Alguns envolvidos em sacos fechados. Pessoas se acumulam em frente a vários hospitais).
180. INT. ACAMPAMENTO NO CHÃO DO PLATÔ — DIA/NOITE
(Sobre as mesas, que parecem construídas de metal, a três centímetros do chão no grande palco do platô encontram-se inanimados os corpos dos Expedicionários. Estão plenamente despertos na dimensão paralela do sonar PSI. O aspecto externo indica um estado comatoso induzido por uma memória anciã que os conduziu ao universo hostil dos sentimentos e vivências oceânicas da primitiva humanidade)
(A “Águia da Memória” de cada personagem Expedicionário voa célere em direção às vivências da ansiedade anciã. Uma mulher foge de caçadores rapineiros kadanuumuu. Seres de aparência primitiva, demoníaca. Ao mesmo tempo, são predadores de uma consistência física de atletas da mais antiga antiguidade que se conhece: a da força bruta das mutações de hominídeos influenciadas pelo DNA lemuriano. A mulher, apesar dos trajes de época e da aparência brutalizada, de alguma forma se parece com ADRIANE. Assim como os chefes dos rapineiros cadanuumuu lembra remotamente as feições de ROSSI LEE).
181. INT. ACAMPAMENTO NO CHÃO DO PLATÔ — DIA/NOITE
(Os delírios e imagens PSI provocadas pela intervenção do monge próximo aos corpos, após a massagem na glândula pituitária dos membros da Expedição NORTON, provoca visões de grande intensidade emocional anciã, entrecortada, por vezes, com imagens da atualidade. Há a presença do Memorial Oceânico de traumas convividos coletivamente há milênios. Tal como narrado por textos traduzidos do naacal, contidos em capítulos do “Arquivo Jângal”).
(Através do nariz de cada um deles uma espécie de secreção gelatinosa, misturada com gotas de sangue, observa-se escorrer de maneira abundante. Principalmente em NORTON, VASSARI E HERMANN).
(Todos se encontram envolvidos em acontecimentos muito antigos, imemoriais: membros da tribo cadanuumuu carregam prisioneiros — ou o que restou deles — pendurados em cangas).
(Uma menina de 11 anos, carregada numa espécie de cesto primitivo à mostra uma das faces com uma enorme ferida de mordida. Seus olhos são excessivamente expressivos e estão muito abertos. Ela se atém a um conformismo absolutamente aterrorizado).
(A face mortificada da garota mantém os olhos largamente abertos, numa atitude justificável de pânico. Ela leva as mãos ao rosto lesionado. Seu olhar está parcialmente escondido entre os cabelos amarfanhados. O que restou dos lábios entreabertos sugere um desespero autoconformado).
182. EXT. ACAMPAMENTO PRIMITIVO NO NORTE DA ÁFRICA. TRIBO PALEOLÍTICA MIGRA COM PRISIONEIROS SEMI-CANIBALIZADOS — NOITE
TAUIL TOGLODITA
(aproximando-se da prisioneira pendurada num galho de árvore)
Grrruunhhhhingrun. (Com gestos de cabeça curiosos ela começa a perscrutar as feições aflitas, deformadas e conformadas da mulher à qual membros de sua tribo haviam arrancado pedaços do corpo para comer).
TAUIL TOGLODITA
(confusa e interrogativa)
(Grunhindo ela estende a mão em direção à face espancada da outra. Apalpa nas pontas dos dedos partes de seu corpo lesionado. Faz gestos bruscos. Move-se aos pulos ao redor do corpo tungado. Sempre olhando cada vez mais interrogativamente à Outra, aproxima-se dela movendo o pescoço em gesto indagativo para os lados, como se descobrindo uma certa empatia com ela. A Outra).
183. EXT. ACAMPAMENTO PRIMITIVO NO NORTE DA ÁFRICA. TRIBO PALEOLÍTICA COM PRISIONEIROS SEMI-CANIBALIZADOS — NOITE
(TAUIL TOGLODITA ao aproximar-se da mulher vitimada pelo canibalismo de sua tribo consegue uma experiência, talvez a primeira da espécie, de cumplicidade emocional entre elas. É como se surpreendesse a dor que a Outra está sentindo em sua agonia por ter tido partes dos membros arrancados e devorados. Ao aproximar os dedos da mão destra do rosto dela, esta, que TAUIL julgava talvez morta, ainda consegue forças para, num gesto súbito, morder seu dedo cata-piolhos. Tirando-lhe um naco).
TAUIL TROGLÔ
(ela berra de dor e, fazendo uma careta agressiva, puxa os dedos da mão para si)
AAhahahahhahahgrrrriigaah! TAUIL encosta a mão abruptamente à altura do coração, enquanto olha a mulher semidevorada encarar seu rosto pela última vez, enquanto a cabeça tomba para baixo. Seus braços amarrados atrás, em cruz, pendem do galho baixo da árvore.
ROSSI LEE TOGLODITA
(aproximando-se do evento mórbido)
Gruruhgahahagah! Ele ameaça bater na prisioneira possivelmente morta com um pedaço de pau em punho. — TAUIL TROGLÔ agarra o braço de ROSSI LEE e grunhe ameaçadoramente em direção ao rosto dele.
184. EXT. ACAMPAMENTO PRIMITIVO NO NORTE DA ÁFRICA. TRIBO PALEOLÍTICA COM PRISIONEIROS SEMI-CANIBALIZADOS — NOITE
ROSSI LEE TOGLODITA
(comprime, violentamente, com a manopla esquerda, o rosto da mulher)
UgaugahungranwowAhhan! — Lançada à distância TAUIL TOGLÔ cai e desmaia após bater a cabeça no tronco de uma árvore.
ROSSI LEE TOGLODITA
(Ele urra vitorioso brandindo no ar o tacape. Uivando à maneira dos lobos, levanta o pescoço em direção ao alto. Da garganta sai um uivo de desafio. Ele lança com força e ódio incomuns o tacapaço de madeira que conservara na mão destra em direção a um monólito negro que paira a alguns metros sobre sua figura selvagem a urrar furiosamente na direção ao mesmo).
185. EXT. LUAR DIÁFANO. AMAZÔNIA. INT. DE BARCOS — NOITE
(Soldados e oficiais nazis olham fixo um ponto que lhes parece distante. Um ponto de fixação dentro deles em sua estrutura PSI. Os soldados parecem não estar vendo nada do que acontece no mundo externo. Eles ignoram a beleza resplandecente das águas luzidias, límpidas, esverdeadas do lugar por onde singram velozmente os barcos sob a luz da última lua cheia de julho).
(Os barcos chegam a um píer em lugar afastado da selva. Os militares todos ostentam no braço uma tarja preta com uma cruz gamada desenhada em negro. Entram em formação num avião Boeing XB15, fabricação americana de 1937, usado pelos nazis para disfarçar sua atuação em espaços aéreos Aliados).
186. INT. SALA RESERVADA NO REICHSTAG. ALEMANHA. II GUERRA MUNDIAL —NOITE
OFICIAL DA GESTAPO
(ordena aos soldados que saiam dos caminhões militares e se dirijam até uma sala no interior do Reichstag)
(Oficiais SS projetam o filme onde os soldados que voltaram da cidade subterrânea dos lemurianos na Amazônia trouxeram as instruções de como montar miniaturas dos protótipos de foguetes, aeronaves, armamentos, carros refrigerados a ar, mísseis e aeronaves. Von Braun prestou particular atenção quando da exposição de montagem do projeto bélico denominado Exterminador Orbital. Que os americanos denominaram posteriormente de “Guerra nas Estrelas”).
187. INT. SALA RESERVADA NO REICHSTAG. ALEMANHA. II GUERRA MUNDIAL — NOITE
(Oficiais da Gestapo supervisionam as equipes de cientistas sob o comando de Wernher Von Braun no interior do perímetro de uma base de fabricação de mísseis da marinha alemã).
(As legendas eletrônicas do filme “full-time” da TV-Ghost, indicam os ataques a Londres em 1944. Os mísseis V2 de longo alcance, com velocidade de 6.400 km p.h., criação de Werner Von Braun, são mostrados em imagens da “ghost-movie”. Londres parcialmente destruída. 600 mil mortos nas ruas principais das capitais europeias. Milhares de desabrigados e feridos).
188. EXT. EXPLOSÕES ATÔMICAS NAS CIDADES DE NAGASAKI E HIROSHIMA. II GUERRA MUNDIAL. JAPÃO: 6 E 9 DE AGOSTO DE 1945 —DIA
(As pessoas estão vivendo conflitos insólitos e chocantes nos sete continentes políticos: América do Sul, América do Norte, Ásia, África, Europa, Oceania e Antártica pós-II Grande Guerra. A “TV-Virtual” mostra a queda das Torres Gêmeas. Veem-se cenas do conflito no Iraque, o julogamento de Sadan Hussein, a morte de Bin-Laden, cenas da guerra no Afeganistão).
(A TV-Fantasma focaliza cenas de locutores dos jornais nacionais dos canais de TV, amalgamando-se com a imagem especular uns dos outros, em dezenas de países do planeta globalizado pela notícia e pelo entretenimento via Internet e TV).
(As imagens fundem-se dentro da mente dos TVespectadores. Projetam-se de dentro dos crânios, fundem-se numa trama PSI, projetada sob a forma de poliedro maciço e convexo. As imagens da mente coletiva do planeta Terra são absorvidas pelo “Poliedro de Cristal Lemuriano” numa sala “high-tech” em algum lugar subterrâneo no monastério Amazônico. Ele recria, via interface especular, as personagens membros da Expedição Norton. Elas são captadas pela superfície especular do laser em retransmissão direta para os canais da TV-Ghost em todas as localidades do planeta).
189. EXT. PRISIONEIROS NO INTERIOR DE CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO DA II GUERRA MUNDIAL — DIA
OFICIAL DA GESTAPO
(comanda extermínio de milhares de judeus sob chuveiros de gás em campos de concentração nazis)
(Sob os chuveiros nos banheiros coletivos de Auschwitz-Birkenau, milhares de pessoas extremamente angustiadas, magras, desesperadas, pânicas, medrosas, conformadas, olham esperançosas para os canos de onde tinham a esperança de ver sair grandes quantidades de água e deles sai gotículas venenosas de gás-mostarda. As pessoas vão definhando sob a atuação gradativa dos efeitos do gás (cegueira, abertura dos poros da pele, rompimento das veias e artérias nos vasos sanguíneos. O horror do sofrimento gradativo dessas pessoas é mostrado na sordidez dos detalhes).
(Os soldados da SS filmam de perto usam máscaras protetoras dezenas de pessoas da etnia judaica nas mais impressionantes expressões de sofrimento extremo e desespero incontido. Bolhas vesiculares deformam as faces de pessoas que veem outras entregues às queimaduras químicas e debilitantes. Os corpos resistem ao estertor nas mais variadas formas de agonia).
OFICIAL DA GESTAPO
(em gestos vibrantes e automatizados comanda operação de extermínio e lançamento de cadáveres em valas comuns)
(Cenas macabras de milhares de cadáveres esqueléticos sendo jogados por soldados SS em covas coletivas. A “TV-Ghost” exerce comando, comunicação e controle em todas as salas de jantar globalizadas pelos noticiários de TV e pelos vídeos da Internet. Na hora “sagrada” dos jornais TVvisivos os filmes da “TV-Virtual” costumam coincidir com enredos nos quais estão inseridas imagens desses jornais).
190. INT. DE QUARTOS E SALAS DA GRANDE SÂO PAULO E DA “GRANDE MAÇÔ. INT. DE LARES EM TÓQUIO, LONDRES, CHINA, TIBET, PARIS, ROMA, VATICANO, RIO DE JANEIRO, SALVADOR, LOS ANGELES, E EM CAPITAIS DE PAÍSES ÁRABES, NAS AMÉRICAS, ASIÁTICOS E NA ANTÁRTIDA — DIA/NOITE
ANCORA DE JORNAL NOTURNO
(divulga as notícias em vários países do planeta globalizado pelo comando, comunicação e controle das informações dos telejornais)
(As pessoas são surpreendidas em ambientes intimistas nos quais há a presença da grande maioria dos espectadores de TV sentados nos sofás das salas de jantar. Os mais jovens plugam seus sistemas nervosos, na interface dos games que, simultaneamente às imagens dos documentários jornalísticos da “TV-Full-Time”, permitem aos TVespectadores vivenciar, coletivamente, sentimentos semelhantes aos dos personagens de filmes, novelas, documentários e noticiários de guerras).
(Os ferimentos e dores terminais das personagens reais e virtuais dos filmes e vídeos podem ser transmitidos às pessoas com o sistema nervoso central plugado, via moldem sensorial, nos aparelhos de TV sintonizados na central globalizada da “TV-Holy-Ghost”. — Da sala de jantar, assim como das “lan-houses” com “plugs extrasensoriais” disponíveis aos usuários, o “planeta informatizado emocionalmente” está disponível).
191. INT. “SUBWAY” LEMURIANO NA AMAZÔNIA. PLANALTO DO PLATÔ — DIA/NOITE
MONGE LEMURIANO
(dirige o despertar do estado comatoso dos membros da Expedição Norton)
(Eles despertam para uma realidade inusitada. Estão envolvidos nela de forma intrínseca. Cada um deles agora está consciente de sua intimidade peculiar com os objetivos coletivos da civilização alienígena da qual fazem parte inerente).
ROSSI LEE
(aproximando-se dos outros membros da Expedição)
Há um túnel que parece ser uma passagem para outro nível de realidade. Talvez uma espécie de Portal dimensional. Pode ser apenas uma impressão equivocada. Vocês gostariam de ver?
NORTON
(responde por todos)
Mostre-nos o caminho.
192. INT. TÚNEL CÂMARA CILÍNDRICA HIBERBÁRICA. MOSTEIRO NO INTERIOR DA SERRA DO RONCADOR — DIA/NOITE
ADRIANE TAUIL e ROSSI LEE
(dirigem o olhar em direção à plataforma superior do túnel)
(Nela veem capuz de monge desaparecer por trás de uma minúscula guarita no topo de uma altura aproximada de trinta metros. — Os outros três membros da Expedição, apesar de treinados para a percepção de toda espécie de eventos, não perceberam este).
(As paredes do túnel estão irradiadas por uma luminosidade sutil, metálica, aquosa, através da qual aparecem crianças vestidas com uma roupagem que se confunde com a extensão da própria pele).
193. INT. NO INT. DA CÂMARA NO TUBO CILÍNDRICO HIPERBÁRICO, INTERFACE ENTRE DOIS AMBIENTES DISTINTOS — DIA/NOITE
ADRIANE TAUIL
(falando a ROSSI LEE enquanto suas formas humanas parecem se dissipar)
O desafio está em sentir-se estimulado a aceitar o desafio de atingir novos estados evolutivos. A busca de um novo tipo de equilíbrio...
ROSSI LEE
(sua imagem a perder a forma física e a energia térmica)
“Um novo equilíbrio”. — As palavras soam distorcidas.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 15/05/2013
Alterado em 21/05/2013