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HOLOCAUSTO NUNCA MAIS (PSICity) ROTEIRO DE CINEMA (3ª REDAÇÃO) 4
        DR. KARAMURINJA
(à menção do nome da “stripper” mostra-se ainda mais desconfortável).

ROSSI LEE
  (pretende atenuar o desconforto do médico)

Acompanhei a ambulância. Estava na boate quando aconteceu o sinistro. Os jornais noticiam esses casos cada vez mais frequentemente. A síndrome de pânico que era forte, agora está se tornando simplesmente incontrolável. As pessoas precisam saber como isso ocorre. Para se sentirem menos desconfortáveis.

DR. KARAMURINJA
        (disfarçando o embaraçado)

Esses casos de Combustão Humana Espontânea não fazem parte de nenhum estudo experimental acadêmico. Não há disciplina que se atenha à patologia dessas manifestações. Que posso dizer? Não há opinião científica conclusiva.

ROSSI LEE
                                           (inquiridor)

CHE é uma manifestação patológica? Que patologia está mais próxima de explicar esse fenômeno?

          DR. KARAMURINJA
                          (justificando-se)

Há poucas semanas não se tinha nem certeza de que essas manifestações..., digamos..., patológicas, existiam realmente. Considerava-se, nos meios acadêmicos, que fossem especulações de lunáticos.

  ROSSI LEE
   (surpreso)

CHE é um fenômeno universal... Como explicar o que aconteceu à “stripper” HALLMA? Não há uma área de internação para esse tipo de sinistro?

DR. KARAMURINJA
                                 (cada vez mais desconfortável)

Não há especialização em medicina nem disciplina que estude esse fato. Talvez ele não possa ser explicado na área de saúde pública. Não há estudos que se confirmem pela ciência médica, que esse fenômeno CHE é algum tipo de doença ou patologia do sistema nervoso central.

  ROSSI LEE
             (insinuando a incompetência subtendida do médico)

O senhor quer dizer que não tem nada a dizer sobre as manifestações físicas da Combustão Humana Espontânea?
  
       DR. KARAMURINJA
         (sem conseguir disfarçar a irritação)

Quando a “stripper” chegou ao HC estava reduzida a pó. O médico que a atendeu, ao sentir o pulso da mulher, este se desfez num amontoado de cinzas. Assim como o restante do corpo. Não sobrou nada. Como internar uma paciente que virou cinzas? Ou estudar uma suposta patologia nessas condições?


36) INT. TEMPLO DA IGREJA DO SALVADOR DOS ÚLTIMOS DIAS — DIA

(A família de HELIO, SHEILA, a mulher, CARLA, a filha e EDU, o filho caçula, adentram a Igreja. O culto havia começado. Sentam-se num banco onde Outros fiéis estão atentos ao discurso dominical do Pastor MCKENZIE).

      PASTOR MCKENZIE
      (começa a preleção)

“Vocês estão aqui porque, de alguma forma, fazem parte dos escolhidos...”.

“Seus filhos mergulham nas drogas porque as instituições da sociedade são associadas aos grupos que mercantilizam essas mercadorias”.

“A juventude é orientada pelas mídias a comprar as mercadorias que estiverem à venda. O Legislativo, o Judiciário, o Executivo. Os poderes são por demais tolerantes com esses mercadores da morte. Por quê? Porque ganham milhões para manterem leis obsoletas, que beneficiam apenas a Nova Ordem Mundial. Essa Nova Ordem tem por objetivo manter as instituições a serviço da deterioração da sociedade...”.

“As mídias têm por finalidade domesticá-los com futebol, notícias e entretenimento barato...”.

“Os sinais estão presentes, o fruto está maduro. O tempo é chegado. O fim dos dias será mais simples e surpreendente do que a mais inusitada das ficções...”.

(Os fiéis passeiam seus olhares uns em direção aos outros. Parecem querer vislumbrar no outro a possibilidade de uma resposta aos acontecimentos noticiados pelas mídias. A maior parte da troca de olhares é interrogativa e medrosa).


37) EXT. ANOITECER, ESTACIONAMENTO — DIA

(HÉLIO após entrar no carro olha-se no espelho. Sentindo-se culpado fala consigo mesmo como se falasse com outro):

“Está aqui comigo. Vivendo de minhas células e fluidos. Compartilha minhas percepções. Existe simultaneamente comigo. Eu sou ele. ELE é EU, (consolando-se): a velhice é uma humilhação do corpo. Há mal que vem para bem”. — Murmura, consolando-se.



38) INT. CARRO. ESTACIONAMENTO — DIA/NOITE

(HELIO inclina-se no banco e abre a porta do passageiro para CARLA).
HELIO (fingindo tranquilidade) — Tudo bem, filha? CARLA (olhando para ele como quem sabe a resposta) — Tudo habitual contigo?


39) EXT. RUAS E AVENIDAS — DIA/NOITE

(Quilômetros de engarrafamento no trânsito são noticiados através de emissoras de rádio).


40) INT. CARRO. DIA/NOITE

CARLA
    (de si para consigo)

“Todos vivem de aparências. Refugiados nelas. Nada vai bem, mas perguntamos e respondemos como se estivesse bem ou quiséssemos mesmo saber. Temos medo de pronunciar nossas verdades. Elas nos paralisariam. A todos”.


41) EXT. AVENIDA PAULISTA — DIA/NOITE

(O locutor da emissora de rádio continua a divulgar o aumento do engarrafamento gigantesco. Ouve-se os barulhos e ruídos intermitentes se reproduzirem às dezenas).

(Dezenas de milhares de vezes: buzinas, freadas bruscas, colisões, toques de celulares, sirenes de ambulâncias, helicópteros sobrevoam o trânsito, sirenes de bombeiros, carros de polícia, apitos de guardas de trânsito, despertadores de pulso, dezenas de rápidas colisões de motos nos espelhos retrovisores dos carros. Motores acelerando e em desaceleração. Dezenas de pequenos eventos “quânticos” contribuem para aumentar a irritação geral).


42)  INT. CARRO. DIA/NOITE

(Um carro colide levemente no para-choque do outro parado em frente no engarrafamento. Os gases poluentes flutuam nas ruas, avenidas e praças da cidade. Nuvens urbanas de poeira ao modo de “Blade Runner” concentram-se, visíveis através das janelas dos vidros dos carros).

(Os motoristas se interrogam. Flagram os olhares, ora ansiosos, ora tensos. Condutores de veículos e passageiros no interior deles parecem conter os conflitos internos. Evitando exteriorizá-los. Há uma tensão que parece aumentar no espaço externo aos carros).

(As crianças e adolescentes mostram-se por demais concentrados. Um filete de sangue começa a escorrer da narina esquerda de CARLA).


43) EXT. ASFALTO DA AV. PAULISTA — NOITE

(CARLA de olhos fechados fixa a linha do olhar, encoberto pelas pálpebras, em direção ao motorista do carro abalroado. Descontrolado, ele provoca aos berros e xingamentos o Outro MOTORISTA que começa a ficar também irritado).

(Após rápida discussão o condutor do carro da frente saca de uma arma e atira várias vezes no desafeto. Ele cai sentado, a sangrar, na borda da porta do carro).


44)  INT./EXT. CARRO. ASFALTO DA AVENIDA PAULISTA — NOITE

(Os olhos fechados de CARLA, como se em sono REM, movem-se rapidamente da direita para a esquerda e vice-versa).

(O MOTORISTA criminoso tenta fugir do local do flagrante. Inutilmente. Ele parece estar inserido num “campo de força” que o impede de sair do lugar. A sensação de que o asfalto desliza sob seus pés, em inúteis tentativas de sair do lugar).


45) EXT. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(A paisagem da principal via pública de São Paulo, centro financeiro do capitalismo selvagem, está cada vez mais conturbada. O equipamento receptor de frequências de alta sensibilidade, localizado no interior dos helicópteros negros, sem nenhuma identificação ou prefixo aeronáutico de números ou letras, está em frenética atividade).

(Esses equipamentos são operados por TÉCNICOS E CIENTISTAS estacionados nos heliportos por toda a extensão da Avenida Paulista. Eles captam as emissões de íons que provocam uma  tonalidade acústica imperceptível ao ouvido humano. Uma névoa esverdeada permeia a Avenida Paulista e as ruas adjacentes).


46) INT. CARRO. AV. PAULISTA — NOITE
(O MOTORISTA fala com a MULHER ao lado. Ela saca o celular da bolsa e telefona supostamente para a polícia, denunciando o crime que acabou de presenciar).


47) INT. HELICÓPTERO POUSA EM HELIPORTO. AV. PAULISTA — NOITE

(Uma vibração de alta frequência está sendo registrada e analisada pelos equipamentos eletrônicos instalados no interior dos aparelhos de aviação nos heliportos no topo dos edifícios).


48) EXT. ASFALTO E CALÇADA. AV. PAULISTA — NOITE

(Viaturas policiais cercam o local onde se verificou o tiroteio e o crime. O assaltante, perplexo, parece desistir de compreender o que aconteceu. Por que não conseguiu sair do lugar quando tentava fugir do flagra? Ele é algemado e trancafiado no camburão).


49) INT./EXT. CARROS. AV. PAULISTA — NOITE

(Uma sonoridade tipo zumbido de alta frequência se faz ouvir: suave, harmoniosa e persistente, parece unir o inconsciente coletivo de crianças e adolescentes, de modo que ambas as categorias cronológicas não mais se sentem subordinadas nem INÚTEENS).

(PESSOAS que estão no interior dos prédios visualizam a confusão que está a se estabelecer no asfalto da Av. Paulista. A expressão de perplexidade e temor se faz perceber também na timidez dos gestos).


50) INT. CARRO. AV. PAULISTA — NOITE

(Uma SENHORA olha assustada para a menina ao lado. A garota parece superconcentrada. Olhos fechados. Como se em transe. A MULHER sacode o braço direito da garota, chamando-a com certa e insistente veemência):

            MÃE DE MALY
    (aflita)

Queridinha, fale com a mama. Responda! Acorde! Você dormiu a tarde inteira. Não pode estar com sono! Pare de fingir e eu te levo ao Mcdonald´s. O Mclanch Feliz. A torta de maçã. Essas delícias de que você gosta. Tudo que você quiser! Meu benzinho!


                                         MÃE DE MALY
          (quase histérica)

Como você consegue fazer isso? Isto não é normal. Quem ensinou você a fazer essas coisas diabólicas? — Ela ouve a menina falar com ela sem mover os lábios.

      MALY
        (emite sons fricativos)

Você não vê? Estou acima do peso. Preciso aprender a me controlar. Estou sem apetite. Pare com esse suborno! Você quer me fazer engordar ainda mais?

(O capô do carro começa a vibrar. Uma força estranha o impulsiona para cima. Os limpadores de para-brisa começam a se movimentar sem terem sido acionados. A MULHER agita-se ao vê que coisas estranhas estão acontecendo com outros carros).


51) INT. CARRO. AV. PAULISTA — NOITE

(Outra SENHORA, muito aflita, tenta inutilmente desligar a ventilação refrigerada interna do carro. Nervosa, os cabelos se despenteiam a cada gesto brusco. A ventilação aumentou muito a velocidade. O batom mancha os lados da boca na qual acabou de passar a mão esquerda).

(Súbito, gira o tronco em direção ao GAROTO sentado ao lado, tentando fazê-lo voltar à posição original, desde que seu corpo flutua um palmo acima do assento do passageiro).



52) INT. LIMUSINE AV. PAULISTA — NOITE

(Em seu histriônico desassossego, um EXECUTIVO olha de soslaio a GAROTA DE PROGRAMA que o acompanha. Seu sorriso condescendente e vulgar, de repente se transforma numa carranca regressiva pavorosa. Ele se esforça para sorrir em direção ao rosto dela, mas não consegue. O rosto deformado da MULHER o apavora).


                               GAROTA DE PROGRAMA
             (com dificuldade de articular os sons das palavras)

Esse "AC" é muito louco, cara. Estou noutra dimensão.
  
EXECUTIVO
     (encolhendo-se e fechando os olhos evita olhar outra vez para ela).

Está mesmo. Por deus. Você está mesmo. Não quero olhar para tua cara nunca mais. Fica quieta. Te controla!



53) INT. LIMUSINE. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(Entre dois EXECUTIVOS está sentada uma elegante MULHER de negócios americana. No banco defronte um casal “michê” sorri. O rapaz serve uma dose de whisky para o executivo em frente).

(Os passageiros da limusine estão isolados do ambiente externo da Avenida Paulista por proteção acústica, e vidros à prova de balas — entre os passageiros circula uma lâmina de vidro retangular, com carreirinhas de coca bem servidas).


54) INT./EXT. CARROS. ASFALTO. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(Um motorista de taxi consegue abrir a porta e sair apavorado do carro, enquanto as dobradiças das portas rangem e o capô e o porta-malas são vigorosamente impulsionados para cima por uma força estranha e extraordinária. Os PASSAGEIROS do taxi hesitam em sair do mesmo com medo do que está a acontecer do lado de fora).

(O motorista do taxi corre entre outros carros, alguns dos quais estão com seus componentes (capôs, porta-malas, tetos) sendo forçados para o alto. Alguns se desprendem de suas bases com grande estardalhaço).


55) EXT. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(O capuz de um carro em meio à neblina esverdeada, impelido por uma força sobre-humana, voa por sobre a cabeça do MOTORISTA que havia fugido do interior do veículo, por pouco não o atingindo).

(PESSOAS abrigadas numa galeria observam, estarrecidas, a trajetória da porta do porta-bagagem de um carro, a rolar veloz pelo asfalto, subindo, com velocidade, à calçada, e esbarrando com grande estrondo nos vidros de uma agência bancária, indo parar junto a um caixa eletrônico. No interior da agência).



56) INT. LIMUSINE PRATA. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(Uma mulher no interior da limusine começa a se despir. O EXECUTIVO louro, cabelos grandes, olhos azuis, seminu, as calças arriadas, um copo de whisky em mão, pega a mulata pelos cabelos e comprime sua cabeça em direção à genitália, enquanto encosta o pescoço na almofada e olha o “céu de estrelas” do carro. — Ouve-se em off a canção “Bad Romance” cantada por LADY GAGA).


57) EXT. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(Algumas luminárias da Avenida Paulista explodem e as luzes dos estabelecimentos comerciais estão a piscar-piscar. O espaço interno de muitos ambientes está à mercê de vândalos, desde que as paredes de vidro que protegiam lojas e outros estabelecimentos comerciais, estilhaçaram-se. Com grande estardalhaço).

(PESSOAS movimentam-se de um para outro lado em busca de abrigo. Tropeçam em corpos caídos. Os feridos buscam proteger as feridas abertas na pele pelos estilhaços, com guardanapos, lenços e pedaços de jornais. Por vezes com as mãos muitas vezes também feridas).


58) INT. CARRO. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(A MULHER que tentara subornar a CRIANÇA ao lado, prometendo uma ida ao McDonald´s, está com o rosto desfigurado. — A maquiagem dos olhos escorre pelas faces enrugadas. Histérica, descontrolada, berra, a voz entremeada de soluços):

MULHER
(claramente descontrolada)

Está possessa. Todos estão possuídos. Ela olha para fora do carro: a avenida está possuída, os carros, as pessoas. —Ela berra enquanto olha a CRIANÇA no banco de passageiro.

Acorda, FILHINHA, eu compro tudo o que você quiser. Aquele tênis da Nick. O “nicksuperplusultra”. Aquele que você viu na TV. Tudo! Faço tudo que você quiser, mas abra os olhos. Você precisa vê...

  MENINA
     (a emitir sons fricativos)
Não precisa, mãe, eu vejo tudo em todos os lugares. Não preciso de nada que você possa me dar.

MULHER
(horrorizada, leva as palmas das mãos comprimindo-as na cabeça à altura das orelhas)

Você também está possessa, endemoninhada. —Ela tenta abrir a porta do carro, mas não consegue. O vidro não quebra ao impacto de seus golpes. A CRIANÇA estende a mão esquerda para o lado e aperta a mão direita da MULHER. Ela tenta desvencilhar-se, mas não consegue. Aos poucos começa a recuperar a lucidez.


59) INT. LIMUSINE PRATA. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(A modelo MORENA que estava praticando um boquete no executivo louro, volta a sentar-se no banco em frente, enquanto engasga-se com o sêmen misturado à mistura catarrenta e escura, a escorrer da boca. O líquen arroxeado pinga sobre os seios dela. Os olhos escancaram-se).

(Apavorada, a MODELO berra, enquanto vê o olhar do cara dissolver-se em cinzas diante dela, como se tivesse, de repente, sido tostado. O que restava dele parecia carvão pulverizado. Os olhos azuis, fixos nela, desmoronaram sobre o que restou das cinzas no lugar em que estava sentado. Desolada, a MODELO contempla o pó enegrecido do que restou do pênis do cara, saindo de dentro da boca ao redor dos lábios. Por entre os dedos muito apressados em tentar inutilmente limpar a gosma escura que cobre sua cara).


60) EXT. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(As pessoas que olham das janelas dos edifícios estão cada vez mais apavoradas. O panorama é caótico. Em todos os lugares há PESSOAS em atitudes defensivas de medo. O berro aterrorizado da MORENA da limusine parece reverberar no grito coletivo de centenas de pessoas apavoradas, que não sabem ao certo o que está a acontecer).

(A ressonância do som do berro aterrorizado da MORENA, repercute em eco de dentro dos outros corpos, em várias frequências de vibração, outras bocas abrem-se semelhantes ao modo dela, e emitem sonoridade aterrorizada e semelhante. A quantificação espacial da emissão reflexa do timbre de voz ritmado da MODELO multiplica-se, proveniente do interior do campo magnético unificado em que se transformou a Avenida Paulista”).


61) INT./EXT. AVENIDA PAULISTA — NOITE

(O MOTORISTA de um carro que conduz PESSOAS que não ousam sair do veículo, aponta para um modelo utilitário, cabine dupla, que está sendo suspenso no ar em sua parte frontal).

(Os faroletes de milha do veículo estão acesos e os faróis normais estão a piscar de modo intermitente. Os PASSAGEIROS deste e de outros veículos olham estarrecidos o fenômeno. A parte dianteira do carro apontada para as nuvens como se querendo acelerar em direção a elas).

(Ao voltar ao asfalto o carro impacta-se violentamente. A água do radiador transborda em jatos quentes projetados à distância. Reações barulhentas e extravagantes do motor se fazem ouvir. Assim como perturbações faiscantes no sistema elétrico).
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 15/05/2013
Alterado em 21/05/2013


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