Ele é muito respeitável
Com seu terno bem passado
De gravata borboleta sorri
Sincero e de lado ao lado
Do agora candidato pronto
Para o páreo X o Analfabeto
De quatro dedos na mão. É
Meio surrealista vê-los todos
Sorridentes atores da mesma
Novela um tanto corruptela
Dos três poderes sem medo
Cada qual o mais cabrão.
Ausente de suas demandas
O mundo globalizado pela
Ausência de solução. Aos
Pedaços a sociedade passiva
Pede socorro em acordos
De oitiva aos ex-presidentes
Dos banqueiros de ocasião.
Todos parecem drogados
Com seus sorrisos de tubarão
Tirando a demagogia, terços
De contas milionárias, estão
Todos muito à vontade na
Maré de peixes miúdos basta
Abrir a bocarra e outra vez
Só sorrisos no palanque do
Tubarão. Cada qual com seu
Discurso dema gótico cuida
Do próprio terreiro como se
Fossem bicheiros a apostar na
Roleta da próxima é Lei são.
São candidatos sorrisos que
Se desdobram em promessas
No palanque sempre em festa
Da próxima impune corrupção.
Na Praça dos Três Poderes
Estão sempre à vontade
Trocam favores e saudades
Em abraços de amigão. Com
A próxima copa do mundo
E as olimpíadas no pano de
Fundo, nenhum deles se chama
Raimundo mas todos têm a
Solução. A engrenagem está
Completa e azeitada na tela
Dos armazéns dos Três
Poderes irmãos. Nesse super
Supermercado tudo se negocia
Mensalões e cachoeiras deitam
E rolam nas esteiras dos
Barbosas da tradição. Sumos
Juízes não faltam a lavar
A roupa suja no asfalto de
Cada um respeitável togão.
E o eleitor totalmente na
Paz dos pacificados pelo
Mensalão Bolsa-Família
Não precisa de mais nada
Exceto do big-brother dos
Comedores de “bola” na
Ilha do controle remoto da
Global programação. Nessa
Sala dos espelhos, todos são
Atores e atrizes de peso
Pessoas boas, olhos acesos
Na sala de jantar do horário
Nobre no sofá os hominídeos
Plugados na droga TVvisão.