Que futuro maravilha:
De um lado uma geração
Toda se ardendo “sopra-me”
Domesticada por canções
Romanticas que ensinam
A dançar. A sambar. Ahahah!
Uma juventude para peão
De rodeio nenhum botar
Defeito. Do outro lado da
Moeda do real, o Espírito
Tenta, inutilmente, ganhar
Um único adepto entre os
Bigbrothers encabrestados
Pela cultura descontente
Droga, futebol, álcool. A chama
Do Espírito não está presente
Nem de salto alto, programam
Um humor que não seja baseado
Nas gracinhas de Chico Besteirol
Em lugar algum a sociedade
Clama por um mínimo de
Sensibilidade e razão. Exceto
A do livro caixa. Todos parecem
Perdidos nessa noite de suja
Encenação. A toque de caixa
O país inteiro presta atenção
Plugado em quem vai ganhar
Meio que 1 milhão. E a cantora
Fantasma canta, quem sabe
A alguns encanta, clamando
A todas as xandangas, como
Se fosse a rainha das bananas
Para que façam a fila andar.
A árvore genealógica desse
Éden às avessas, globalizado
Por toda serpente perversa
Busca no corpo malhado dessas
Evas Visualizar o fundo raso da
Calcinha na esquina do trottoir
E todas as garotas e meninas
No clube das mães da sala de
Jantar, nas associações de
Escolas e passeatas da esquina
Pensam em ser modelos
De cosméticos e nas ruas do
Comércio fazer a fila andar.
As caras pintadas, mais pimbadas
Que as irmãs Odorico Paraguassu
E pensam que depois, “ora.
Pois, pois” tudo se lava com
Sabão. E as donzelas da melhor
Geração do último tango em
Paris da ZS, saem do país para
Buscar na América do Norte
A dimensão do afeto tudo azul
Modelo pesado e medido
Pelo gabarito monetário social
Da global ggroubarização
Enquanto os roqueiros filhinhos
De mamãe ficam a implorar:
“Não vá pra Nova Iorque
Amor, não vá!” Ahahahah...

Não vem não, violão
Eu quero cantar um cântico
Daqueles comportadinhos
Do Templo de Sarromão.