Quem vai mudar nessa cidade
Invisível? Na caça erigida
Com tijolos do barro 2011?
Quem vai mutar mais que o
Sofá em frente às novelas?
Ir além do tatibitate tic-tac
Marcando o compasso base
No horizonte suave desse sol
De Estige? Quem vai caiar a
Casa de Todos os Povos? Pular
O Muro da Vergonha. Sentir-se
Melhor nessa idade sem ter de
Se resignar ao ultraje desses
Sapos engasgados na gargântua?
Reeducar a emoção afora esse
Ambiente de ressentimentos e
Iniquidade? Quem está preparado
Para vencer essa Noite dos Cristais?
Como se novembro de 1938 ainda
Estivesse a acontecer todos os dias?
Principalmente quando chove.
Quanta opressão nessa sociedade
Armada até os dentes de todo tipo
De preconceitos. Quem disposto
Está a reescrever a própria história
Nessas ruas onde trafegam balas
Perdidas? O Pedreiro Livre tenta
Construir seu barco, enfunar as
Velas chegar ao lugar povoado
Onde o joio do medo não tenha
Sido plantado. Nem faça palpitar
Os corações. Por que está presente
Berlin do outro lado desse espelho?
E máquinas maquinam contra seus
Próximos com quem deviam habitar
Confiadamente? Como é mesmo seu
Nome? Se não estou enganado já li
Você nesse noticiário saído dessa
Realidade nessa sala de jantar onde
Encenam todo dia sua Metamorfose.