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A Empresa Della, “Panem Et Circenses”, Faliu. E O Brasil?
Essa política teve origem histórica na Antiga Roma: nos jogos circenses, nas exibições de gladiadores uns contra outros, nos embates entre animais selvagens e homens armados de espadas, lanças, redes, tridentes, escudos. Nos sacrifícios públicos de cristãos que divertiam a Corte dos imperadores romanos, enchia com a Galera o estádio, onde deuses e deusas alimentavam o paganismo carnavalesco das platéias de espectadores que ridicularizavam os primeiros adeptos do cristianismo jogados às feras famintas na arena do Coliseu.

O Coliseum era o Maracanã ou o Cícero Pompeu de Toledo ou Estádio do Morumbi da época. Em dias de corrida de bigas, poder-se-ia chamá-lo de circuito oval Emerson Fitipaldi ou Autódromo de Jacarepagua, ou compará-lo ao Autódromo de Interlagos. Conhecido também por anfiteatro Flaviano, construído por Vespasiano em 70 d. C. finalizado por seus filhos Domiciano e Tito, inaugurado em 80 d. C., o Coliseu podia abrigar nada menos do que 60 mil espectadores do Circo romano de divertimento da “massa crítica” que de crítica não tinha nada.

Roma contava aproximadamente 3,6 milhões de habitantes, boa parte deles disputavam o suposto “privilégio” de assistir os jogadores de futebol da época, os gladiadores, ou os pilotos de fórmula-1  (condutores de bigas) daquela cidade considerada um dos berços da civilização. Ocidental. Da cultura grego-romana.

O que caracterizava as relações sociais entre senhores e trabalhadores escravos era a relação de vassalagem. Esta mesma vassalagem, “como nunca se vil antes neste país”, que o Presidente analfabeto clama que seja exercida por seus eleitores partidários. O imperador romano mandava distribuir pães para a Galera que frequentava os espetáculos populares do circo romano no Coliseu. O Presidente analfabeto autoriza a distribuição de trinta dinheiros para os 12 milhões de afiliados do programa Bolsa-Bufa, de modo que eles fiquem atrelados a uma dívida pública de gratidão para com seu senhor feudal: Lulla L O S T.

O escravo era o elemento social passivo na relação de obediência ao seu senhor feudal. A obediência social do vassalo é ativa. Nela, relação social de vassalagem, os eleitores de Lulla L O S T, nessa sociedade dita “democrática”, são submissos ao Presidente analfabeto.

Preservam formalmente o estatuto de eleitores livres. Quando, em verdade, estão associados a elle, “voluntariamente”, enquanto devedores sociais dos trinta dinheiros a eles lançados, com social e político desprezo, pelo programa Bolsa-Bufa. Mantendo-se, elles e suas famílias, fiéis e subordinados tributários do Presidente analfabeto do Palácio do Planalto: isto é que é vassalagem política-social. Eleitoral.

Lulla compra barato, com dinheiro do Estado, a vassalagem eleitoral dos 12 milhões de contemplados com seu programa covarde de distribuição de renda, mantendo, desta forma, altos, seus índices de popularidade. Covardemente.

É uma covardia social institucional. Maquiavélica. Porque supostamente mata dois coelhos com uma cajadada: supostamente distribui renda e ao mesmo tempo mantem a educação sob a coleira perversa da farsa. Como se estivesse fazendo algo por ela. Educação. Quando apenas a mantem pior do que estava. Ou seja: vende-se como um avanço social, quando em verdade é um retrocesso. Mantem a educação sob intervenção de interesses eleitorais particularizados, que nada têm de sociais.

Lulla L O S T  põe em perigo os princípios democráticos. Todos. Lembremos que o feudalismo teve uma longevidade de mais de mil anos. E Lulla L O S T se posiciona politicamente como sendo uma espécie de tutor da continuidade do “Reich dos Mil Anos” de Adolf Hitler.

Na Alemanha nazista, a juventude hitlerista queimava livros em praça pública. No Reich de Lulla L O S T eles, livros, não precisam ser queimados, porque sua política dita social, mantem atrelados ao analfabetismo a “massa crítica” dos seus eleitores. Que de crítica não tem nada. É apenas socialmente analfabeta. Culturalmente explosiva. E o que é pior: essa política suscita respeito público até mesmo de seus adversários políticos. A apelidada “Oposição”.

As instituições ditas democráticas parecem não estar se dando conta de que o terceiro mandato de Lulla L O S T, no qual elle está politicamente empenhado (a eleição de sua Alice, a Vermelha) enquanto cabo eleitoral inconstitucional da mesma, significa mais quatro anos de mensaleiros, aloprados, nepotismo, corrupção, dinheiro público nos cuecões, nas bolsas, meias e paletós de seus representantes políticos, alimentando os esquemas de nepotismo da Casa Civil. E do Congresso nacional. Com seus presidentes da Casa Grande Senado e da Câmara, atrelados à coleira de seus interesses partidários. Que nada têm de democráticos.

12 anos de poder contínuo do partido político de Lulla L O S T, significam uma democracia de araque. Significa que não houve alternância dos grupos que disputam o poder de ocupar por quatro anos o Palácio Central do Planalto. E que a “companheira” Dilma, rainha e comissária do Polvo Rousseff, que não teve competência sequer para administrar uma loja de comercialização popular de bugigangas, a “Pão & Circo”, estará ameaçando governar um país de 200 milhões de habitantes, por mais quatro anos de mandato presidencial.

Étienne de La Boétie, no segundo quartel do século XVI escreveu o “Discurso Sobre A Servidão Voluntária”. Nele, se perguntava, perplexo: “Que nome se deve dar a esta desgraça? Que vício, que triste vício será este: um número infinito de pessoas não só a obedecer mas a servir (...)? É estranho,  que dois, três ou quatro se deixem esmagar por um só, mas é possível; poderão dar a desculpa de que lhes ter faltado o ânimo. Mas quando vemos cem ou mil submissos a um só, ainda será possível dizer que não querem ou não se atrevem a desafiá-lo? (...) Quando vemos não cem, não mil homens, mas já cem países, mil cidades e um milhão de homens submeterem-se a um só (...) que nome é que isto merece?”

No Brasil dos dias atuais, são 12 milhões de pessoas cooptadas pela covarde iniciativa social de um Presidente analfabeto que, usando de suas atribuições institucionais, comprou, usando para isso o dinheiro do Estado, a simpatia popular de milhões eleitores, necessitados indigentes do corpo e da mente, pelas migalhas dos trinta dinheiros do Bolsa-Bufa que, em última análise, nem distribui renda (por que a situação miserável de seus contemplados continua igual) e pior, mascara uma intervenção de fachada na educação brasileira que continua alimentando o mercado de prostitutas, prostitutos, viciados e traficantes de entorpecentes, e marginais de todos os matizes. Políticos.

A covardia social da política nacional não tem limites? E ainda conta com o aval do Supremo Tribunal Federal, e do Supremo Tribunal Eleitoral. O STF perde um tempo precioso ao julgar se a Lei da Ficha Limpa pode ou não impedir a candidatura, neste ano de 2010, de políticos condenados e daqueles que renunciaram para escapar da cassação. Como se uma suposta (hipotética) "Lei da Ficha Suja" pudesse, de alguma forma, ser considerada constitucional. E ainda empata a votação em 5 votos a favor e 5 votos contra. Talvez seus ministros chamem essa vergonha uma demonstração de democracia.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 24/09/2010
Alterado em 01/10/2010


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