A LITERATURA versus A Política
“Somos Péssimos Em Educação.”
(Lya Luft)
Leia-se: escritores, jornalistas, filósofos, professores VERSUS o poder corruptor dos políticos garantidos pela impunidade corporativa entre os poderes republicanos.
Schopenhauer afirmava existirem duas histórias. A história da Literatura e da Arte e a história política. A história do intelecto, da compreensão, da racionalidade, da criatividade, da inteligência, da estética e a história da vontade de poder e da compulsão pré-histórica e instintiva.
A história política definiu-o como sendo angustiante e terrível, onde estão sempre presentes a corrupção, o medo, a exploração da necessidade das pessoas pelo engano, engodo, oportunismo, assassinatos, genocídios, enriquecimento ilícito.
A história da Literatura e da Arte segundo ele, é agradável e jovial, mesmo quando descreve erros e descaminhos. Sua principal vertente é a história da filosofia e da “ciência idealista”. Contrapondo-se à glorificação mútua, sem escrúpulos, dos políticos, na qual a charlatanice e a demagogia se exaltam mutuamente. Já a Literatura ficcional usa a fábula e a suposição para melhor compreender a realidade emocional das pessoas e buscar um paliativo para seus sofrimentos. Iluminando as obscuridades. Entretendo-as.
Enquanto os políticos levam vantagem da sociedade explorando suas necessidades em seus discursos de palanque, investindo sempre na quantidade exorbitante de palavras que não dizem muito mais que mentiras, sem outro objetivo exceto o de enganar, a arte literária incentiva o pensamento, a instrução pelo conhecimento, os valores do aprendizado, o autoconhecimento.
Um exemplo de política à francesa: Nicolas Sarkozy pretende sancionar uma lei que criminaliza a “violência psicológica” entre casais. Pretende ele inserir no interior do ambiente onde convivem os casais um espião pago pelo governo francês para avaliar, depois das brigas entre casais, quem agrediu quem, ou coisas do tipo? O Grande Irmão de Sarkozy é um sintoma da Nova Ordem Mundial.
A política do “Grande Irmão” que tudo vê denunciada por Orwell em “1984”, da qual derivam os atuais programas tipo Big-Brother, expõe de uma forma grotesca a cultura diletante da juventude sem nenhum preparo intelectual, sempre disposta a mostrar emoções moldadas nas personagens de telenovelas e na infantilização de uma educação baseada na performance acaciana, grave, ridícula e sentenciosa, dos desenhos animados.
Que pretende Sarkozy? Nomear um funcionário público para ficar dentro do apartamento de cada casal francês? E incentivar a cultura da espionagem demencial mútua presente, cada vez mais intensamente, nos shoppings, ruas e avenidas das grandes cidades? Que quer Sarkozy? Incentivar o totalitarismo modelo “1984” próprio da Nova Ordem Mundial que a turma de políticos tipo George Bush deseja implementar nos Estados Unidos? A globalização da espionagem já existe.
As milhares de câmeras de vigilância na próxima década serão milhões. O olho do “Grande Irmão” a tudo e a todos vigia implacavelmente, sempre disposto a censurar, a acusar, a criminalizar, a reprimir, a defenestrar, a castrar iniciativas que não estejam previstas nos códigos de comportamento robotizados aprendidos nas escolas e academias que não ensinam nada mais do que o gosto pela padronização das atitudes, pessoais e coletivas, de pessoas e gerações educadas para ser escravos. Consumir as mercadorias do grande senhor Mercado, de forma bem comportadinha, sob o olhar dos seguranças e das câmeras onipresente em todos os lugares.
Quem quiser ir além dessa limitação, a de ser um consumista escravo da infantilização do entretenimento comercializado pela Internet e pelas emissoras de tvvisão, estará sujeito à repressão cada vez mais fanática e inconsequente de quem quer que esteja ao lado, com a disposição de acusar e reprimir qualquer comportamento que não esteja previsto pelo código de censura do “Grande Irmão” Mercado denunciado pelo romance de Orwell.
Enquanto todos (TODOS) os políticos do planeta estiverem atentos à globalização padronizada do comportamento das populações em todos os cantos e recantos do Globo, suas políticas educacionais estarão cada vez mais entregues à produção de indivíduos sem amor-próprio e desprovidos de auto-estima, com a finalidade única e insubstituível de reprimir aqueles outros indivíduos que valorizam a cultura literária, a filosofia e os livros e que incentivam os seres humanos a humanizarem-se e a desprezarem aqueles que se orgulham em se comportar como robôs. Da globalização.
A Nova Ordem Mundial educa para a subserviência, a submissão mais intensa aos ditames do consumo pelo consumo. Não há nem haverá, para os magnatas da industrialização do comportamento padronizado global, incentivo para a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas em qualquer lugar do planeta globalizado pela compulsão do consumir.
No Brasil, o presidente Analfabeto, sua política educacional, investe na demagogia da quantidade (“construímos escolas, universidades, como nunca se vil antes neste país”) quando o que escolas e academias precisam, é de professores que estejam preparados para ensinar, e não transmitir um conteúdo sem validade cultural e atualização pertinente, datado para a educação de gerações e gerações de pessoas robotizadas, escravas da política globalizada do consumismo.
Talvez inconscientemente o presidente francês tenha mostrado de que lado estão os presidentes de países ditos democráticos, mas que realmente trabalham para a sádica escravização dos corações e das mentes das pessoas, que deveriam merecer ser respeitadas como cidadãs e não educadas para ser marionetes sodomizadas pela propaganda do consumo pelo consumo.
A educação planetária, globalizada no sentido de transformar os alunos de escolas e academias públicas e privadas, em meros espectadores do besteirol oficial das programações de tv. As novas gerações educadas por seus governos globalizados para cumprir currículos escolares destinados a transformá-las em personagens de uma realidade de desenho animado produzida pela propaganda de produtos e serviços industrializados pelo todo poderoso chefão globalizado: o senhor Mercado.
Os corações e as mentes das pessoas transformados num receptáculo de consumo globalizado por uma educação do faz de conta que eu ensino, faça de conta que aprende. Os corações e as mentes transformados num favelão ridículo de quinquilharias e ferrugem. Pessoas com as emoções e as mentes obcecadas pela propaganda fundamentalista de consumo. Obcecadas pela única finalidade que a educação fundamental, média e acadêmica lhes proporciona: a sensação de que devem fazer tudo que for possível para comprar o próximo modelo de tv em 24 meses sem juro.
A educação no Brasil, segundo o relatório “Educação Para Todos” da Unesco, posicionou o país do “Filho Analfabeto do Brasil” em 88° lugar no ranking do desenvolvimento educacional. O país faz justiça ao presidente Analfabeto. Está no fim da fila dos índices de repetência escolar na América Latina e no Caribe. No Caribe e na América latina a repetência fica em pouco mais de 4°, no país do presidente Analfabeto, é de 19%. A molecagem e o cinismo reina no país do Führer dos Analfabetos.
Estes índices lembram-me de um político prefeito de Teresina, eleito com altos índices de votação. Possivelmente um dos próximos candidatos a governador do Estado do Piauí. Na época, o presidente da Royal Philips Eletronics denunciou que os armazéns Paraíba de propriedade do empresário João Claudino estava comercializando produtos com a marca dessa empresa mas comprados no Paraguai. O presidente da Philips teceu merecidas críticas ao Estado do Piauí, do qual o empresário em pauta é um dos poucos donos. E o prefeito um de seus políticos protegidos.
O prefeito de Teresina aproveitou-se das críticas pertinentes do presidente da conceituada empresa da Holanda, para dizer ao repórter de uma rede de tvvisão que, ele, (presidente da Philips), desconhecia o Piauí que havia ganho o primeiro lugar em educação no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). Estava mencionando cinicamente a excelente instituição de ensino, o Instituto Dom Barreto, posicionado em primeiro lugar entre os colégios de ensino médio do país.
Nada contra um prefeito de uma cidade elogiar a premiação. Porém, seu cinismo não se justifica, desde que um único colégio de excelência no ensino médio, não poderia servir para generalizar a educação inexistente em quase todo o restante das escolas de ensino fundamental e médio de Teresina. E do Piauí. Não obstante o esforço heroico de professores e professoras para superar as condições de precariedade oficiais e os salários sem dinheiro.
Na época em que o prefeito falou essa aberração (“a excelência da educação no Piauí”) eu havia supervisionado um exame de avaliação escolar da prefeitura da cidade de Teresina numa das escolas da Prefeitura municipal. As crianças avaliadas não sabiam sequer traduzir as ilustrações, ver o que estava diante de seus olhos. Simplesmente não compreendiam as questões mais simples ilustradas pelos desenhos. E a grande maioria delas respondia essas questões com traços em lugar de palavras.
Aquelas crianças estavam simplesmente mesmerizadas por um idiotia supostamente inexplicável. O déficit de atenção era visível. E a escola não era frequentada por deficientes mentais. Mesmo com ajuda e orientação, elas não conseguiam compreender as mais simples questões e respondê-las. Deduzi que em suas casas e apartamentos algo muito tenebroso deveria estar acontecendo com elas. Para que suas compreensão e concentração estivessem soberbamente avassaladas.
E aquele político debochado fazendo piada com a “a excelência da educação no Piauí”. Ele certamente não desconhecia a situação falimentar das escolas públicas dependentes das verbas da Prefeitura. Queria certamente manipular de alguma forma os resultados para poder fazer campanha política, utilizando-os de forma destorcida para justificação de seus interesses políticos de futuro candidato ao governo do Estado.
Conversei com diretoras de escolas da Prefeitura de Teresina e todas foram unânimes em afirmar que a secretaria municipal de educação as pressionava para passar os alunos de um ano para outro. Sem a mínima consideração para suas necessidades de aprendizado. De modo que o prefeito (futuro candidato a governador do Estado) pudesse usar esses números (estatísticas oficiais de não-repetência), para fazer proselitismo político.
A escritora e cronista da revista VEJA, Lya Luft, é muito otimista ao afirmar: “Somos Péssimos Em Educação.” A educação fundamental, média e acadêmica simplesmente quase que inexiste. Se há inexistência, como pode ser péssima? Com a palavra o Ministro da Educação do presidente Analfabeto. Este, como nunca se viu antes neste país, logo se apressa em defender verbal e oficialmente, qualquer acusado de corrupção no país. Como no primeiro momento da prisão do governador Arruda, elle logo saiu em defesa do político supostamente de oposição. O “filho do Brasil” merece plenamente ser o presidente dos analfabetos aos quais explora sadicamente comprando seu apoio nas pesquisas de opinião. A partir do programa "educacional" do Bolsa-Bufa.
Amanhã, dia 09/03/11 serão 586 dias da censura inconstitucional ao ESTADO DE SÃO PAULO. Onde estão os pronunciamentos do presidente Analfabeto contra esta inconstitucionalidade “como nunca se vil antes na história deste país?” Enquanto isso o carnaval puLula de partidários de Lulla. L O S T.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 16/08/2010
Alterado em 08/03/2011