A DesConstituição Do Português José Romão Sarney
Em 23 de março de 1919 Benedito Mussolini fundou o fascismo na cidade de Milão. Entre seus fundadores estavam os sindicalistas Agostino Lanzillo e Michele Bianchini. Em 1922 organizaram uma marcha sobre Roma. Pretendiam tomar o poder militarmente, ocupar prédios públicos e estações ferroviárias, exigindo a formação de um novo gabinete.
No Brasil, José Romão Sarney herdeiro dos cortiços de João Romão, refundou em 2009, o fascismo no Maranhão. Com a ajuda e o apoio político do presidente analfabeto. Dentre as muitas mutretas agenciadas pela pessoa do ex-sindicalista analfabeto, está a manutenção no cargo de presidente do Senado de José Romão Sarney.
A amizade pessoal do presidente da República, “analfabeto como nunca se vil antes neste país”, com o governador do Rio de Janeiro, permitiu que o segundo suplente do então senador Sérgio Cabral Filho, Paulo Duque, assumisse a presidência do “Conselho de Etitica” do Senado.
Cabral, eleito governador, o primeiro suplente Regis Fichtner Velasco assumiu uma das pastas de seu secretariado, sobrou para o segundo suplente (sem qualquer mínimo compromisso político com seus eleitores), Paulo Duque, ser a marionete do cambalacho gerido pela dupla de amigos do peito (vide abraços efusivos em situações políticas festivas): o presidente analfabeto e o governador do Rio de Janeiro.
O país todo lembra-se dos abraços excssivamente enfáticos entre os dois políticos quando das comemorações da escolha do RJ para sede das Olimpiadas de 2016 pelo Comitê Olímpico Internacional. Em outubro.
Paulo Duque (PMDB-RJ) ocupava o mandato de senador. Em 19 de agosto de 2009 no cargo de presidente do “Conselho de Etitica” do Senado, rejeitou todas as representações e denúncias (no total de 11), contra o presidente da Casa Grande Senado, o famigerado descendente do português João Romão (vide romance de Aluísio de Azevedo “O Cortiço”), José Romão Sarney.
A bancada do partido político do presidente analfabeto, pressionada por ele, votou em favor do arquivamento das ações contra José Romão Sarney. A armação entre PT/PMDB-RJ incluiu o segundo suplente de Senador (Paulo Duque), que logo foi entronado na presidência do “Conselho de Etitica” com a finalidade de arquivar todas as acusações contra José Romão Sarney. E arquivou.
O golpe branco fascista comandado pelo presidente analfabeto teve lances dramáticos, a propósito da renúncia “irreversível” da liderança de seu partido na Casa Grande Senado, pelo senador Mercadante. O presidente analfabeto chamou-o ao Planalto e logo sua “irreversibilidade” se tornou vergonhosa permanência na liderança partidária.
O fascismo é uma doutrina totalitária, que deriva de “fascio”, grupos de militância política surgidos na Itália em fins do século XIX e começo do século XX. Deriva também de “fasces”, que no império romano era símbolo de magistrados: um machado de cabo cercado de varas simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo.
Não foi mera coincidência os magistrados (“fasces”) do TJ-DF, associarem ao evento do Senado, a liminar de censura que prevalece há 125 dias contra o direito constitucional de informar a opinião pública do ESTADO DE SÃO PAULO. O grupo oligarca fascista apresenta seu ideário político e jurídico aos brasileiros brasileiros, ao mesmo tempo que os submetem tiranicamente à sua inconstitucionalidade.
A concepção fascista é, teoricamente, anti-individualista. Por quê? Supostamente posiciona os interesses do Estado antes dos interesses do indivíduo. Para o fascismo tudo é Estado em sua concepção totalitária. José Romão Sarney, tendo em vista sua participação política enquanto parlamentar da Arena, partido da ditadura, oportunamente se passou para o movimento “Diretas Já”
enquanto vice de Tancredo.
Eleito presidente necrófilo da República a partir da morte de Tancredo, vem se mantendo no poder a qualquer custo. Como no Maranhão, sua terra natal, não seria eleito nem para um cargo de vereança, candidatou-se pelo Amapá e elegeu-se Senador. Logo, logo, forneceu seu apoio ao presidente analfabeto, desde que seu partido (PMDB) é o mais forte aliado do Planalto. O presidente analfabeto o manteve no cargo de presidente da Casa Grande Senado, instando os senadores de seu partido a votarem pelo arquivamento das acusações de nepotismo e corrupção administrativa, através dos atos secretos que promoveu.
Todos sabem de tudo isso. Mas é pertinente insistir que os preceitos constitucionais estão suspensos desde que a liminar de censura ao ESTADO DE SÃO PAULO está prevalecendo juridicamente há lamentáveis 125 dias. 125 dias de vergonha inconstitucional. 125 dias nos quais um grupo oligarca fascista promove sua própria preponderância política e jurídica às custas da humilhação, pessoal e social, dos brasileiros brasileiros carentes da afirmação constitucional de sua cidadania.
A concepção fascista do Estado corporativo induz à tirania jurídica do grupo oligarca de José Romão Sarney, para o qual não há indivíduos, partidos políticos, associações de classe, sindicatos, tribunais, supremas cortes, trabalhadores, fora do corporativismo de seus interesses políticos, financeiros, econômicos. Ou seja: fora dos interesses oligárquicos do grupo fascista de José Romão Sarney, inexiste Estado. Inexistem leis. Inexiste cidadania. Inexiste Constituição.
Para a oligarquia de José Romão Sarney não é o Estado de Direito que fornece aos brasileiros brasileiros cidadania, são os interesses de seu grupo que devem prevalecer sobre os interesses nacionais, ainda que estes sejam os de natureza constitucional. Sim, porque para esse grupo fascista essa oligarquia representa o Estado opondo-se à democracia. Desde que a democracia compreende a nação enquanto maioria.
O fascismo considera-se a “mais pura forma de democracia”, desde que as pessoas, os cidadãos, os eleitores são considerados do ponto de vista daqueles poucos que exercem o poder político e jurídico, como sendo os representantes de uma suposta “qualidade” do grupo oligárquico que tiraniza as pessoas, as leis, a Constituição, posicionando-se tiranicamente sobre os demais habitantes do país. Estes, seriam apenas representantes da “quantidade”.
Na concepção fascista, o Estado presidencialista (gerido pelo presidente analfabeto) deve ser o educador e o promotor da vida espiritual e/ou cultural. João Romão Sarney se acredita representante máximo desse Estado, desde que reclama para si respeito à sua vida política. O presidente analfabeto já o defendeu inúmeras vezes dizendo que ele, José Romão Sarney, não é um cidadão como os outros. Privilegiando sua biografia política e enaltecendo sua atuação administrativa réproba (nepotismo, corrupção, tráfico de influência) na presidência da Casa Grande Senado.
Acontece que o Estado do Maranhão, no qual a oligarquia de José Romão Sarney reina e desgoverna (a partir de uma intervenção jurídica de tapetão), é paradigma de uma educação abaixo de qualquer avaliação de qualidade, por mais superficial que essa avaliação seja ou venha a ser. Todos os índices estimativos de direitos humanos, saúde, transporte, habitação são uma vergonhosa afirmação de que a oligarquia canaliza os recursos públicos visando apenas seu fortalecimento social, político, econômico, financeiro. Jurídico.
Não é à-toa que o fascismo de Mussolini se aliou ao nazismo de Hitler. O nazismo nega a liberdade do homem e vendeu em sua propaganda política essa negação da liberdade do indivíduo como se esta fosse um componente de um sistema político transformador da sociedade e do mundo. No fascismo e no nazismo os seres humanos são reduzidos à dimensão de objetos do poder de dominação política e jurídica das instituições por um grupo que se elege a si mesmo como detentor das qualidades indispensáveis ao exercício da tirania política e jurídica das instituições sobre a liberdade de pensar e de agir das pessoas subtraídas de seus direitos civis e de sua cidadania.
A decisão do TJ-DF de censurar o ESTADO DE SÃO PAULO, é um ato jurídico temerário, desde que, mais do que constrange, violenta dispositivos constitucionais, sem os quais a garantia da democracia, do Estado de Direito, da cidadania dos brasileiros brasileiros, se torna meramente ficcional.
Intelectuais, organizações nacionais e internacionais de jornalistas, advogados e juízes, magistrados de supremas cortes, escritores, atores, diretores de cinema e da dramaturgia, profissionais liberais, ilustres representantes da sociedade já se manifestaram contra a liminar de censura ao ESTADO DE SÃO PAULO, mas ela continua prevalecendo há 125 dias. A oligarquia fascista está comemorando. Os brasileiros brasileiros estão a se submeter a essa humilhação jurídica. E ela continua prevalecendo. Até quando?
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 16/08/2010