Lulla L O S T (Canal 118 TV Casa Grande)
O Presidente está querendo ser mais político do que a política. Está a imitar seus antecessores no que diz respeito à “Arte da Política”. Está numa trajetória célere no objetivo de se trumbicar facim, facim. Esse modelo de comunicação teve Chacrinha como professor de relações públicas: “Quem não se comunica se trumbica”. Esse, o slogan de todos os departamentos de PP&RP desde as década de 60/70. Slogan “made in Brasil” exportado para uns 150 países assolados (consumidos) pela programação de entretenimento da Globo. Políticos desejam se comunicar com todos os estratos sociais de eleitores. E agradar a todos. LuLLa investe nos eleitores das classes mais necessitadas do Bolsa Família enquanto se irmana com os “mui amigos” políticos da “elite” entre aspas.
Sim, porque poder de influência e dominação social covarde não caracteriza superioridade intelectual, mas covardia. Não há predominância do intelecto, da inteligência, da cultura dita de “elite” quando essa “elite” da Casa Grande Senado usa e abusa das carências dos habitantes da Senzala para fazer dela massa de manobra nas urnas nas datas de eleição. Verborragia de palanque. Demagogia. Esperteza?
LuLLa conseguirá o passaporte eleitoral da sociedade metalúrgica para a sociedade semiúrgica? Nesta, vale a elaboração da sintaxe que o sistema de signos elabora. Descompliquemos: os consumidores de discursos de palanque (em época de eleições) buscam nos políticos a ideia e os ideais que eles comunicam e se identificam com a realização de suas carências e desejos. Sempre soltando a pipa da esperança para um futuro algures. Por mais simples que sejam, os eleitores sabem que tal futuro não virá nunca. O político em época de eleição é um objeto eleitoral oferecendo aos consumidores um sentido para suas vidas, suas famílias, os grupos sociais aos quais pertencem.
Os eleitores votam neles, políticos, mas não se apossam do resultado de suas promessas enquanto representantes dos eleitores, de suas famílias de seus grupos sociais. Delegam aos “pizzaiolos” do Pralamento a função moral, intransferível, política e ideológica ("ideias")de defesa das suas cidadanias enquanto pessoas, famílias e grupos sociais. O resultado é o que se ver e sabe. Ao delegarem poderes políticos na defesa de seus interesses, os eleitores se dão mal a rápido, curto, médio e a longo prazos.
Exemplo? A Casa Grande Senado, neste momento, é um amontoado de atos e fatos que nada tem a ver com os interesses dos eleitores. Todos sabemos que a educação nas escolas públicas municipais, estaduais e federais, devido principalmente à falta de poder aquisitivo nos salários dos professores, e a carência de orientação oficial no preparo e reciclagem do corpo docente de escolas e academias, despraparam os alunos ou discentes para a vida intelectual, emocional, negando-lhes o exercício da inteligência, preparando-lhes (os mais “afortunados”) para os estudos posteriores em direção a um cargo público. Uma vez entrados nos meandros kafkianos da burocracia oficial, eles não se preocupam com mais nada do que não seja o dia bendito da chegada da aposentadoria.
As escolas e academias educam os mais “privilegiados” para a rotina e o exercício da servidão. Passam então a viver de trocas de favores, do toma lá dá cá, das benesses oferecidas pelos superiores da hierarquia. De chefias e proventos (DAIs e DASs e equivalentes) pelos quais, a grande maioria se habilita às mais rasteiras concessões. Ler um livro está fora de qualquer cogitação. Alegam não ter tempo, nem poder aquisitivo para comprá-los. O leite das crianças vem em primeiro, segundo, terceiro e último lugar. Voltam-se para a manutenção da rotina do status quo. E rebelam-se uma vez ou duas em cada três anos, ao fazer greves por melhores salários.
A partir daí vivem de uma linguagem de sobrevivência pessoal, familiar e grupal de conveniência social, tendo o cuidado de elogiar o político que estará exercendo o poder e a vigilância sobre seus comportamentos burocráticos. Não há nenhum questionamento, exceto os de mesa de bar e o das festas e comemorações de aniversários. Não fazem nada para superar o Estado de carência estrutural no qual os políticos, eleitos para defender sua cidadania, fazem dela uma ponte para o enriquecimento ilícito, para o nepotismo, a apropriação indébita dos ativos financeiros do Estado. Esquecem que fazer política é tarefa de cada pessoa, família e grupo social. Aceitam abandonar suas responsabilidades de construir politicamente a própria cidadania e a de suas famílias, porque elegeram “pizzaiolos” para fazer o trabalho dessa construção para eles. E todos sabemos que as demandas dos políticos são em proveito e causa própria.
“Esquecem” os eleitores de valorizar a educação, porque educar a prole significa correr o risco de perdê-la para suas mesas redondas e conversações de comadres ao som do Zeca Pagodinho e do basquete de copos de cervejas. Como não foram, os eleitores, exercitados para a auto-valorização, a auto-estima e o exercício emocional do amor-próprio, não se sentem na obrigação de assumir a responsabilidade que os políticos deveriam exercer. Uma vez eleitos os “pizzaiolos”, delegam a eles a responsabilidade pela promoção da cidadania de suas proles e da sociedade à qual fazem parte apenas como atores de terceira categoria. Quando não de quinta. Salários de funcionalismo público não fazem, por si mesmos, como por milagre, o estabelecimento de um agir e de um pensar conforme a defesa e manutenção política da cidadania.
Os “pizzaiolos” por sua vez estão ocupados em derrotar as ideias e ideais a partir dos quais seus discursos de palanque os elegeram. Eles fazem de tudo para arruinar seus eleitores em suas expectativas de defesa de uma educação que não seja para a prostituição e as parcas benesses de uma aposentadoria de fardos. E os eleitores, ainda assim, subjugados pela evidência de que seus representantes pouco ou nada fazem para mudar essa condição pessoal, familiar e social, subalterna e infame, vão aceitando que suas crianças e seus jovens sejam jogados no lixão civilizatório como se estivessem sendo educados. A ilusão de que as coisas um dia serão diferentes se deixadas nas mãos de deus ou nos bolsos dos políticos, é a verdade profana da natureza deles. Eleitores.
LuLLa Lapso aposentou a coerência e a compreensão das demandas sociais de seus eleitores, assim como seu partido. Sua intransigente defesa do presidente dos “pizzaiolos” da Casa Grande Senado é uma prova mais que evidente dessa disposição em ser coerente com a impunidade e a corrupção. Os políticos podem destruir as ideias e ideais de seus eleitores, mas não poderão jamais derrotá-los. Não é fácil derrotar a esperança e a fé. Apesar das fanáticas tentativas dos “pizzaiolos”. As pessoas terão de votar nas próximas eleições. Mesmo sabendo que as coisas vão ficar como sempre estiveram. Mas elas teimam em acreditar que um dia vão mudar. Mesmo que não mudem.
Os processos tecnológicos que controlam e manipulam a existência dos eleitores controlam e manipulam suas ideias e ideais, distorcendo cada vez mais a possibilidade do exercício da cidadania. Tornando essa cidadania uma utopia cada vez mais difícil de ser definida, estimulada e exercida. A Casa Grande Senado está definitivamente embevecida com a etiqueta dos discursos, das falas. Dedicados os “pizzaiolos” que estão em jogar o pingue-pongue cerimonial da Corte, nas dependências políticas da Casa Grande Senado. Mostrando aos eleitores como são coniventes mutuamente com o trato dos bens públicos. Representando o espetáculo grotesco da impunidade corporativista no arabesco gestual de uma encenação tvvisada para todo o país.
E os políticos não estão nem aí para o espetáculo deprimente que se repete todos os dias, há meses, anos, anos-luz. Sem que se lembrem de que estão no exercício de seus mandatos, não para concorrerem com a Globo na comercialização de costumes decadentes, eleitos que foram para melhorar os padrões perceptivos de um país desolado pelo espetáculo deprimente desse circo dos horrores que parece não ter fim. Nem finalidade.
Uma verdadeira indústria cultural da baixaria pralamentar. Mais uma contribuição do Pralamento na disseminação de uma cultura que faz justiça às escolas que eles mesmos frequentaram. E aos cursos universitários nos quais são diplomados em meter os pés pelas mãos. Todos se acham muito espertos. Afinal, com seus salários e de posse dos poderes e mordomias institucionais, estão acima de qualquer demanda popular por moralidade e ética elementar.
A safadeza chegou a um tal grau de cinismo que o presidente do “Conselho de Ética”, após arquivar quatro denúncias contra Sir Ney, disse a um repórter: “Pior é no Irã que não tem nem Pralamento”. Se essa afirmação não é falta de decoro pralamentar, então, que quer dizer decoro? O presidente LuLLa não sabe que toda essa encenação só favorece a oligarquia do imperador do Maranhão? Nesse Estado a oligarquia gerida pela família Sir Ney não elege nem síndico de galinheiro. A filha governa por ingerência do tapetão. Não por ter sido eleita no voto popular.
José Dirceu representando os interesse políticos do partido alto do Pralamento, diretamente da chic Saint Barth, deitado no berço esplêndido, ao som do mar e à luz de um céu azul de horizonte profundo, frente ao quebra-mar das águas espraiadas do Caribe, paraíso fiscal de antigos e novos milionários, oásis da turma do enriquecimento ilícito de seu partido, telefonou para a titular do palácio do imperador do Maranhão tentando negociar uma forma de coordenação da defesa dos interesses políticos do presidente da Casa Grande Senado. Provisoriamente a coisa deu certo. E a exposição de baixarias no Senado continuará por tempo indeterminado. A Casa Grande do Terror Moral de um povo eleitor continuará expondo suas vergonhas e mazelas. Por quanto tempo mais?
Presidente LuLLa atente para o fato de que o andor em que estás desfilando empalhado, é de barro. E aqueles que estão segurando o palanquim a qualquer momento podem ficar cansados. Se a sustentação da base pralamentar de seu Governo na Casa Grande depende da afirmação do imperador do Maranhão na presidência dos “pizzaiolos”, então há algo de podre que precisa ser lavado. E o odor está espalhado pelo país do Oiapoque a Piripiri.
Ontem o Pizzaiolo Renan Calheiros chamou de “coronel de merda” seu par Tasso Jereissati. Quais serão as amenidades de hoje? “Jagunços e cangaceiros de terceira categoria” nessa novela encenada para um país perplexo com essas excessivas mostras tvvisadas de baixaria.
—Vivas ao Irã que não tem um Pralamento desse. Duques, barões e viscondes da Corte de excelências da Casa Grande. Senado.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 30/07/2010