"L O S T": O Princípio De Realidade E A Ficção Nas Mídias
“Tudo se metamorfoseia no seu
termo inverso para sobreviver na
sua forma expurgada. Todos os
poderes, todas as instituições
falam de si próprios pela negativa,
para tentar, por simulação de morte,
escapar à sua agonia real."
(Jean Baudrillard:
“Simulacros e Simulação”)
A Filosofia, uma ilha cheia de mistérios? Cada habitante do planeta, um descendente sapiens/demens com uma história, uma filosofia própria? Espontânea? Cada ser humano, uma metáfora do outro: um grão de areia perdido entre outros grãos? Cercado de interrogações e fenômenos inexplicados por todos os lados. Cada ser humano, uma ilha, ao contrário do que afirmou John Donne? Cada ser humano, uma ilha, metáfora da Terra, ilhada no espaço sideral. Quem sou? Onde estou? O medo inerente à condição humana de não se saber. Quem sou? Por que estou aqui? Cada ser humano uma interrogação, buscando no outro uma resposta que não encontra em si mesmo. Por que haveria de encontrá-la no outro?
Toda pessoa precisa sobreviver ao desastre de seu voo pela vida. Precisa buscar, mesmo sem conseguir, as respostas mais adequadas ao seu próprio mistério de existir. Cada ser humano precisa ter forças para sobreviver à queda, à destruição da idéia de que a vida será sempre um voo protegido numa aeronave que lhe proporcionará eterna segurança. O voo Oceanic 815, metáfora dessa queda que todo ser humano está sujeito pelo simples fato de nascer. Existir. Todo ser humano morre de uma morte simbólica antes de morrer de morte física.
Toda pessoa só começa a viver realmente quando adquire a consciência de que é um sobrevivente. E nenhuma pessoa que tenha nascido pode escapar dessa queda, dessa consciência de ser um anjo caído. Um sobrevivente e ao mesmo tempo uma testemunha da própria sobrevivência. Cada ser humano carrega seu próprio espectro, seus próprios impulsos destrutivos, sua própria sombra. E precisa apenas de uma oportunidade para mostrar-se a si mesmo, aos outros, sua patologia.
Por mais equilibrado possa parecer (Jack, p. ex.), sua fé na racionalidade vira cinzas quando suas certezas se mostram evidentes ambiguidades. O voo Oceanic 815, fornece a oportunidade a seus passageiros de mostrar que cada um é uma metáfora dessa patologia, dessa queda (Sawyer). Desse estar perdido numa ilha. De ser ele próprio, ser humano, uma ilha em meio a outras. Ilha humana, deserto de incomunicabilidade separando cada uma, personagem, de todas os outras. Ilhas.
O leitor Antonio Borges da Costa no Fórum dos Leitores (Estadão, 19/06/10) por ocasião da morte do escritor José Saramago, citou John Donne, poeta inglês morto no século XVII: “Nenhum homem é uma ilha isolada. Cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse um solar dos teus amigos ou o teu próprio. A morte de qualquer homem me diminui porque sou parte do gênero humano. Por isso não pergunte por quem os sinos dobram: eles dobram por ti.”
Na época de John Donne, poeta jacobino (literatura jacobina, satírica, zombeteira, não tem a ver com os jacobinos da Revolução Francesa) havia interatividade de sentimentos e emoções. Hoje, na era cibernética da suposta interatividade internética, das facilidades da intercomunicação, o ser humano está mais ilhado do que nunca. Cada homem, um náufrago, está preocupado unicamente em defender sua ilha pessoal, esforçando-se para compreender por quê (?) em meio a todas essas facilidades de interação, quando muito consegue sentir-se menos sozinho quando se liga à Tvvisão.
L O S T, a série, retrata a experiência do mundo no passado irrecuperável do tempo perdido (proustiano?!). A luta de cada sobrevivente que ao mesmo tempo testemunha as relações singulares de estranhamento que se estabelece entre eles e a ilha. A experiência do mundo futuro, sempre sendo desconstruída pela evidência inevitável da morte.
O mundo da ilha, o mundo real sem as garantias dos automatismos que a burocracia existencial concede aos detentores do emprego e do cartão de crédito. Meros condicionamentos que ajudam cada pessoa a se aceitar como partícipe do simulacro de ordem, pessoal, social. Todos vivem e sobrevivem no sonho de uma realidade fluida. Que não lhes garante nada. Exceto alucinações. Quando buscam suas respostas. Tal como acontece no mundo das realidades vivenciadas diariamente.
L O S T é cada um habitante desse universo de convivência cada vez mais estranho. Onde as pessoas estão cada dia mais distantes uma das outras, fazendo o jogo de minorias que exercem comando, comunicação e controle sobre suas vidas a partir do poder político e econômico de grupos que as comandam parapsicologicamente através dos conglomerados das mídias (na vida real). E através dos estranhamentos com os quais convivem como náufragos na ilha. TV.
L O S T, o mundo exterior enquanto metáfora da sombra que cada um carrega como se fosse uma mala agregada na tarefa diária do existir. As relações consigo mesmo, enquanto sobrevivente, se tornam cada vez mais culpadas porque inseridas dentro da caixa de pandora aberta no convívio com a realidade multifacetada dos outros. Das vidas trocando entre si a mútua condição precária de sobreviventes e testemunhas dessa sobrivivência, no mundo surpreendente da realidade que não consegue impor-se enquanto vontade própria. Exceto enquanto ficção.
L O S T, cada vida influenciada pela natureza inventada de uma realidade ficcional? Se o sobrevivente não encontra respostas plausíveis, adequadas, para justificar sua própria condição humana, sua existência, é porque precisa do outro para fornecer-lhe essa consistência. Precisa de outro para dizer-lhe que a realidade e a ficção são uma só e mesma coisa. E ele, sobrevivente e testemunha da sobrevivência, precisa aceitar isso.
Essa necessidade de reconhecimento do outro faz com que Hurley recupere, pelo menos provisoriamente, a sanidade. Se sua existência não se confirmava na realidade de sua percepção (de si e dos outros) então ele poderá jogar-se de um penhasco e isso não fará a menor diferença. Desde que ele não se acredita real. Libby, uma sobrevivente que o havia beijado, sente-se insultada com a possibilidade dele achar que ela, seu beijo, não existiram de verdade. E desafia:
— Hurley, olhe para mim, eu existo de verdade e você existe de verdade. E o que eu sinto por você é real. A realidade do apelo da beijoqueira faz com que o personagem de si mesmo, Hurley, caia na real. O apelo sentimental ao outro, da personagem feminina, desperta-o para a realidade do sentir a afetividade. Sem ela, afetividade, ele não poderia acreditar em sua própria existência. Hurley é gordo, e possui a aparência inflada, o rosto demasiado cheio, a barriga proeminente, não está de acordo com os critérios de beleza pessoal que poderiam suscitar a afeição de outro, segundo os padrões da estética midiática. Padronizada. Globalizada.
Mas a namorada improvisada faz com ele se sinta um ser humano objeto de uma manifestação de sentimento e simpatia pessoal. Essa manifestação faz com que acredite que existe um elo possível entre ele e o outro (Libby). A crença nessa ligação desperta nele a possibilidade de não ser uma ilha, de participar de uma convivência. A amorosidade da moça, a possibilidade de ser seduzido e encantado, de sentir paixão, de ficar apaixonado, o salva do salto no vazio do penhasco. Quando não se pode fazer prevalecer a própria vontade (Nietzsche) de agir para confirmar a própria realidade, então se admite a existência como inserida na ficção. E vice-versa.
Não é um simulacro de inteligência, de racionalidade o quê que faz “cair a ficha” de sua humanidade. De sua existência de testemunha da própria sobrevivência supostamente ficcional. É o fato de se sentir um ser gostado, beijado, amado, querido. Desejado. O beijo transforma o sapo Hugo Hurley num projeto de príncipe. Ela o chama para a realidade de que não é um objeto que comprou uma passagem numa aeronave para algures no voo Oceanic 815. Ele existe, ganhou um beijo. Ficou (des)encantado. Sua existência, súbito, tornou-se real. Humanizada. Inflamada pela possibilidade de viver seus sentimentos, de criar sensações. Interagir emocionalmente.
É o que está faltando no mundo para que as pessoas voltem a ser gente. Voltem a acreditar que alguém possa gostar delas. Desde que os grupos de interesse que gerenciam a sociedade só querem explorá-las. Nada mais.
Quem se importa com elas, pessoas? Quem poderia fornecer-lhes o alimento vital de que precisam? Quem poderia amá-las? Se falta o principal, a emoção interativa e necessária para afirmar uma pessoa enquanto partícipe da raça humana à qual supostamente pertence, então falta tudo o mais. Cada pessoa, por isso mesmo, não passa de um ser de ficção. Tanto faz lançar-se ou não de uma rocha do alto da ilha. Se ela, pessoa, inexiste realmente, como poderá morrer?
Para que as pessoas acreditem que fazem parte de uma humanidade é necessário um elo de pertinência emocional associando-as umas às outras. A política midiática as dissocia de seu interesse mais pertinente: o de afirmação da própria humanidade. O que há onipresente nas mídias é a exploração descarada dessas pessoas pelos interesses localizados do senhor Mercado. Interesses de produção e venda de mercadorias. Interesses que não afirmam sua humanidade.
O lucro mercadológico de uma minoria detentora dos direitos de uma identidade racial, midiática, não afirma a identidade de ninguém, exceto enquanto consumidor. Enquanto objeto ficcional, enquanto mercadoria que consome outras. Não há emoção pertinente nem humanidade que possa se afirmar a partir dos interesses comercializados nos espaços da propaganda, entre um e outro programa de TV.
Cada TVespectador é um espectro real e ao mesmo tempo ficcional dos interesses desses conglomerados do lucro pelo lucro. Que não respeitam minimamente a humanidade de ninguém. Inexiste um elo emocional pertinente entre os interesses de comercializção de mercadorias e os interesses de valorização do sentimento e das emoções de pessoas pertencentes a uma mesma raça: supostamente humana. O que existe é a afirmação da exploração de 6.500.000.000 (seis e meio bilhões) de habitantes do planeta por grupos que exercem comando, comunicação e controle da vontade oceânica, universal, de consumir, induzida pelas mídias.
Essa é a vontade vital, que motiva os seres humanos à ação de sobreviver e ser, ao mesmo tempo, testemunhas dessa sobrevivência. Em prol de interesses localizados de grupos que visam unicamente a obtenção do lucro pelo lucro através do uso e do abuso das pessoas enquanto mercadorias que consomem outras.
Não é a emoção de pertencer à raça humana, nem o sentimento gregário de afirmação dos interesses emocionais de todos. Mas a afirmação do lucro pelo lucro de grupos midiáticos que exercem comando, comunicação e controle sobre a vontade oceânica dos habitantes do planeta. O futuro da humanidade, construído a partir dessa premissa de interesses de grupos, e não de raça humana, é o desagragamento, a implosão e a explosão atômica do planeta pelas divisões de interesses defendidos a partir de todos os tipos e modelos de violência.
Veja-se a série “24 Horas” em que um agente da segurança dos EUA justifica uma série de atos inconstitucionais para defender o país de ataques terroristas. Cria-se, a partir desses interesses que não são interesses emocionais de preservação da espécie humana, toda uma infindável série de fenômenos sociais mórbidos que tendem a se estabelecerem porque nunca são contestados em sua imposição de interesses localizados que nada têm de coletivos, ou de afirmação da sobrevivência da espécie. Humana.
Não há uma interatividade de interesses mútuos. Há apenas e exclusivamente os interesses globalizados do senhor Mercado. Que faz a humanidade entrar numa dimensão de sobrevivência em perene conflito de conveniências de lucro que as distanciam, cada dia mais, da noção de comunidade. De sociedade. De humanidade.
Para se humanizar, é necessário que elas, pessoas, possam crer que suas existências não se resumem à identidades numéricas a serviço de doze corporações midiáticas que as conduzem ao mundo das mercadorias em exposição nos supermercados. Ou às feiras de eletrodomésticos e de moda. Ou às concessionárias que comercializam os últimos modelos de automóveis.
As pessoas precisam acreditar que são mais do que criaturas robotizadas pelos interesses de consumo projetados pela telinha da sala de jantar. Elas precisam ser algo mais do que personagens mecanizadas da robótica da sala de jantar. Do contrário, tanto faz que se joguem ou não do primeiro viaduto que encontrem no caminho de volta para casa. Para o apertamento.
As pessoas da sala de jantar estão perdidas. Principalmente quando orientadas via mídias, no sentido de satisfazer os interesses de consumo do senhor Mercado. Não são mais do que ilhas. Com a incomunicabilidade estabelecida. Por interesses que não são os delas. Ou que não deveriam ser.
Elas são personagens ilhadas, objetivadas, da ilha de L O S T. Testemunhas sobreviventes de sua própria condição imanente de objetos que consumem outros objetos. Objetos de compra e venda, que falam e se relacionam como se aceitassem a condição midiática de mercadorias que consomem outras. Mercadorias da sala de jantar. Sentadas no sofá. Consumindo ilusões terceiras das personagens do horário nobre das novelas. Na falta de vida própria, Apropriam-se da vida ficcional de personagens terceiras. Num jogo dos espelhos mórbido e psicologicamente deletério. Ao mesmo tempo real e ficcional. Como elas. Pessoas.
Como diria Platão (Crátilo): “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como estão. Falso é o que diz as coisas como não estão.”
Algumas vozes da projeção intencional midiática fazem essa realidade de coisificação das pessoas ficar pior do que já está. É como se a ficção, acoplada à realidade, resultasse numa mostra pública de evidente incompetência de cada ser humano aceitar-se em sua humanidade. Emocional. Por que essa humanidade simplesmente não está nas relações mostradas nas pesonagens ficcionais da novela após o Jornal Nacional.
Alguns locutores querem, com seus berros, condicionar as pessoas da sala de jantar à aceitação de comportamentos de consumo ainda mais fanatizados por um entusiasmo de “consumidores de bola”. Extrapolam em fanatismo, não apenas suas atuações profissionais, aos berros. E a falta de mínimo respeito aos TVespectadores se confirma com um sem número de gafes e afirmações ridículas, sem sentido, a exemplo das manifestações verbais do locutor esportivo “Cala a Boca, Galvão”.
Por isso é que, por vezes, essas pessoas se revoltam, ainda que muito superficialmente, contra as vozes excessivamente fanatizadas daquelas personagens da mídia TV que abusam delas, pessoas, como se fossem meros objetos dessa hipnose midiática fundamentalista.
Há uma voz geral nos comentários dos twitteiros, contra a escandalosa falta de coerência do locutor esportista Galvão. Todos desejam ouvi-lo calar a boca. “Cala a boca, Galvão” é o apelo de centenas de milhares de pessas que veem o locutor em suas manifestações de falta manifesta de respeito pelos TVespectadores, a exemplo de “quebrar o omelete para frita os ovos”. E outras muitas (muitíssimas) incoerências que mostram a veleidade e a falta de consideração para com o pessoal do sofá da sala de jantar.
Todos pedem para o Galvão calar a boca. Porque, quando ele (e os outros demais comentaristas esportivos da tv) deveria abri-la, ele a fecha. Exemplo: Nenhum deles se manifesta contra o poder excessivo da Fifa, sob o comando de um grupo de poderosos chefões dirigentes que subornam governos com propinas pagas pela Internacional Sport and Leisure (ISL), empresa que negociava os direitos tvvisivos e de marketing da Fifa.
A corrupção em todos os escalões do futebol se alastra de cima para baixo como uma onda gigante de um tsunami que o comitê de auditoria interna da Fifa, sob o comando de membros como José Carlos Salim, finge não vê. Tal como denuncia o jornalista escocês Andrew Jennings em seus livros sobre o comando, comunicação e controle dos esquemas de suborno geridos pelos dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Federação Intenacional de Futebol (Fifa).
Jennings alerta para os esquemas de corrupção que estão em pleno vapor, acontecendo para a Copa de 2014. “Abre o bocão, Galvão” para fazer essas denúncias. “Cala a boca, Galvão” para os fanatismos e as demonstrações de obtusidade, cada vez mais amiúdes. Você ganha mais de um milhão de reais por mês da Globo para fazer esse papelão, desreipeitando a todos, inclusive a seus colegas de trabalho, a exemplo dos pitos no Arnaldo Cezar Coelho. Entre outros, muitos outros. Vejam vídeos no Youtube.
Tal como se verifica entre os sobreviventes que testemunham sua própria condição na ilha dos perdidos de L O S T, na ilha dos comentaristas de futebol, “como nunca se vil antes neste país” não há uma comunidade a serviço de si mesma. Ou seja: de uma ética que possa gerir seus atos falhos, suas sessões de comentários esportivos, sua empáfia, a exemplo do sujeito que abre a porteira para o país ouvir seus comentários e berros demenciais que provocaram a reação dos twitteiros brasileiros: “Cala a boca, Galvão”.
O mundo das testemunhas da própria sobrevivência em L O S T não se difere do mundo real que, por vezes, parece ser mais ficcional do que o de Locke, Hurley, Kate, Jack, Charlie, Faraday, Sawyer, Sayid, Ben, Jacob, Desmond, e os outros personagens de L O S T.
Quando, nesse mundo ficcional da mídia TV, comentaristas da política e da economia zelam em seus discursos pela coerência e a sensatez no mundo real, são simplesmente alijados de suas funções, e postos no olho da rua, por não estarem coniventes com o comando, comunicação e o controle da sociedade por aqueles grupos de banqueiros que querem exercer uma dominação feroz sobre a sociedade, como se as pessoas não tivessem direitos e sentimentos próprios, e devessem se submeter caladas, a seus desmandos e a interesses que nada têm a ver com os da sociedade de gente livre.
A jornalista Salete Lemos foi demitida da TV Cultura porque cumpriu seu papel de comentarista da política econômica do mundo real ao dizer em seu comentário TVvisivo, aqui resumido: “Os bancos, não bastassem as tarifas absurdas cobradas por todo e qualquer mínimo serviço, se sentem à vontade para o enriquecimento ilícito. Só o Bradesco que vale mais de 100 bilhões, no primeiro trimestre deste ano (2007) lucrou 1,7 bilhões, teve a coragem de lesar milhares de clientes sob a alegação de que não houve tempo (20 anos) para pesquisar os dados (Plano Bresser, 1987). A Caixa Econômica alegou que não tinha funcionários suficientes... Hoje a defensoria pública da União entrou com uma ação civil pública na 15ª Vara Federal de São Paulo para que poupadores prejudicados com o Plano sejam recompensados sem a necessidade de entrar com ações individuais. É o mínimo que a Justiça brasileira, se é que ela existe, pode fazer.”
Aos barões que gerenciam por trás dos bastidores à mídia TV, não interessa quem defenda os pressupostos de interesses coletivos, sejam políticos ou econômicos. No mundo real, quem considera a realidade do mundo dos interesses da sociedade, é destituído de seus compromissos profissionais, por não servir ao mundo de interesses localizados dos grupos que gerenciam a sociedade virtual das pessoas do sofá da sala de jantar. As pessoas transformadas em personagens de “pulp fiction”.
À pergunta da repórter ao comentarista da Globo, o jornalista Alexandre Garcia, posteriormente demitido, responde:
Repórter Cláudia — Alexandre Garcia, quem tem razão, o Ministro ou o Congresso?
Alexandre Garcia — Eles só fazem as leis sob pressão. Quem tem razão mesmo é o povo quando se queixa que paga impostos e não tem segurança. Ontem morreram 18 em Bagdá, aqui, há muito tempo, a média de mortes violentas ultrapassa 200 brasileiros por dia sem contar as mortes no trânsito. Mas isso não escandaliza nem incomoda quem faz as leis... Juízes de execuções criminais se queixam de que as leis são bondosas e eles estão amarrados por essas leis. Um dos principais relatores da Constituição, o ex-Presidente do Supremo Nelson Jobim, reconhece que muitos princípios foram escritos na Constituição sob a síndrome do preso político. Foram previstas garantias para criminosos como se fossem para proteger perseguidos políticos. Um paradoxo da Constituição “democrática” que estimula a impunidade e o crime. E o pior é que tudo é clásula pétrea, não pode ser mudado por emenda. A não ser por uma nova Constituinte... Sugerem-se mudanças no varejo. Advogados não querem ser revistados. Mas quem leva celular para bandido não é advogado. É cúmplice...”
Alexandre Garcia continuou a responder à repórter e mostrou uma pertinente indignação com a situação amoral das autoridades que se acusam mutuamente de incompetência: “O governo federal acusa o estadual de ineficiência no combate às armas e drogas. O estadual acusa o federal de permitir a entrada de armas e drogas nas fronteiras. Entre uns e outros sobra o eleitor contribuinte preventivamente trancafiado em casa sem segurança para trabalhar e gerar impostos mal administrados. Agora vai ter de trabalhar mais para pagar, de novo, o presídio de segurança máxima de Campo Grande...”
Resumindo a conclusão da entrevista: “Muito se perguntou sobre o investimento do governo no sistema penitenciário. No início do governo Lulla foi anunciado um ambicioso plano de segurança nacional. Mas o dinheiro do orçamento sofreu cortes. Era pouco e ainda foi reduzido. E sofreria mais cortes, não fosse o caos da segurança pública em São Paulo. No mundo real os policiais estão na ponta da segurança pública, ainda conseguem alguma coisa por esforço próprio, dedicação, por vocação. Sentem-se abandonados e envergonhados quando se fazem acordos com bandidos. Faltam recursos mas não faltam impostos. Os impostos já aumentaram. Estão em quase 40% do PIB. Mas desaparecem em gastos inúteis e na corrupção de sanguessugas, mensaleiros e afins. Gente que não deveria está fora dos presídios...”
O jornalista que se atenha aos problemas reais, do mundo real, nas Tvs, é demitido. As estrelas e os astros das novelas de ficção ordinária têm seus salários aumentados. Realidade e ficção se envolvem num emaranhado de interesses que nada possuem de éticos. Realidade e ficção se fundem e confundem.
É o mundo de "L O S T". Todos pertencemos a ele. Todos estamos perdidos. Tentamos e não conseguimos fazer nada para, pelo menos, aplacar um pouco nossa perplexidade. Nossa vontade de nos inserir na realidade do mundo enquanto sujeitos de nossas ações. E interesses. Inutilmente.
O comando, comunicação e controle exercido pelos grandes conglomerados das mídias, não permite a ninguém exercer a própria vontade, pessoal e coletiva. Os chefões das mídias impedem às pessoas de execer comando, comunicação e controle sobre suas próprias vidas, dirigindo-as segundo seus próprios interesses. Fazendo cada pessoa viver sua própria vida como se fosse uma extensão da vida das personagens de novelas e filmes. Cada vez mais deletérios e sugerindo uma realidade violenta e temerosa: a realidade da ficção: a ficção da realidade. Uma sociedade gerida pelo entretenimento, pelas chuteiras do comedores de "bola". Pelos interesses do senhor Mercado. Que não são os mesmos dos TVespectadores. Dos navegantes da Internet.
O principal problema do país, hoje, estar em que ele está sendo gerido por um presidente analfabeto. Esse presidente analfabeto possui uma incapacidade visceral de se vê como realmente é. Seu ego infantilizado por suas próprias sessões de delírio discursivo, se cria e aceita enquanto personagem de sua própria ficção. E o país vive a ficção política e econômica de um político sem formação cultural formal, que os eleitores acreditavam ser mais do que uma marionete de todos (todos) os interesses espúrios, com ênfase para os interesses políticos, financeiros e econômicos do REICH DOS MIL BANQUEIROS. Elle, Lulla L O S T, agora é uma espécie de Curinga dos grupos poderosos que elle combatia quando sindicalista e torneiro mecânico. E como parece entusiasmado com a tarefa que anteriormente ao atual cargo, deveria envergonhá-lo. Profundamente.
Em 2007, o ministro da Fazenda, Mantega, substituto de Palocci no desgoverno do presidente analfabeto, afirmou publicamente que o Governo estuda reconhecer a dívida aos bancos. Que dívida? Perguntou a ex-comentarista de economia destituída do emprego na TVCultura, Salete Lemos: “Eles roubaram os contribuintes, sonegaram extratos bancários aos clientes, embolsaram R$ 1.900.000.000 (um trilhão e novecentos bilhões de reais). Praticamente todo o PIB brasileiro, o total de riquezas geradas pela economia brasileira de quem trabalha...” Não é demais repetir essa quatidade fabulosa de grana que mostra a criminosa política econômica e financeira de concentração de renda por uns poucos, enquanto a miséria de sobrevivência dos brasileiros aumenta à proporção que cresce o entusiasmo demencial do presidente analfabeto por discursos demagógicos e ufanistas.
O mundo ficcional e o real se invadem e justificam mutuamente: milhões de eleitores realmente acreditam que o presidente analfabeto está agenciando uma política social favorável aos miseráveis da ilha de L O S T da praça dos Três Poderes. Do Palácio do Planalto. E não apenas os completamente analfabetos. Pessoas cultas e supostamente bem-informadas acreditam que o presidente analfabeto investe mesmo em educação, saúde, segurança. Quando a educação jamais esteve tão ordinariamente administrada no pais de Lulla L O S T. E a segurança pública que é segurança e pública apenas no mundo da ficção presidencial. Desde que duzentos brasileiros são assassinados por dia. Há muito tempo. A ficção e a realidade se unem para criar esse tipo de sociedade da impunidade. Do roubo, da concentração criminosa de renda. A sociedade dos excluídos. Dos “Outros”.
Quem são os “Outros” na ilha de L O S T do Palácio do Planalto? Os “Outros” são todos os que estão sendo lesados pela demagogia do presidente analfabeto. Mas continuam a achar que, de alguma forma, suas vidas vilipendiadas e a de seus filhos, estão sendo objeto de atenções e privilégios concedidos pelo governo do Curinga presidente. Esses milhões de pessoas, de eleitores, vivem uma ficção como se acreditassem viver uma realidade. Suas vidas e as de seus filhos não vão ser poupadas nem salvas do analfabetismo e de uma educação escolar e acadêmica de quinta categoria. Abaixo de qualquer crítica. Mas elle vende sua política oficial de educação como se fosse a “salvação da lavoura”. Uma demagogia perversa “Como nunca se vil antes neste país”.
Os “Outros” da ilha da série L O S T, na ficção da TV, são os “outros” sartreanos. “O inferno são os outros”, dizia o filósofo francês. Os “outros” do Palácio do Planalto, os que nos ameaçam como se estivessem defendendo nossos direitos, que invadem nossa privacidade no sofá da sala de jantar com mentiras descaradas, como se estivessem fazendo um benefício, quando, na realidade, estão nos enganando, presdigitando, sacaneando. Roubando a nossa esperança. A nossa fé. A nossa confiança nos Poderes da República que deveriam respeitar a Constituição e nos promover socialmente. Ao invés de nos obsequiar com direitos, nos roubam e mentem cobrando-nos excessos de tudo, inclusive de impostos.
L O S T é uma narrativa de real e fictícia complexidade. Não poderia ser de outra forma, desde que está narrando o naufrágio de um grupo social e o da própria sociedade. L O S T mostra um conjunto de pessoas monitoradas por interesses de detrás dos bastidores. Interesses de dominação. De pessoas que não consideram os sentimentos, os sofrimentos e as emoções dos “Outros”, porque estes são objeto de pesquisas avançadas de comportamentos monitorados. Vigilância comportamental: ação e reação a incentivos de natureza PSI, pessoal e social.
L O S T usa a técnica de narração literária proustiana. Ela busca a verdade de um e outro personagens a partir da visão que um e outro possuem de seus pares. Desejam selecionar maquiavelicamente as sequências comportamentais de terceiros com o objetivo de encontrar alguma coisa essencial nesse comportamento, que possa explicar e justificar a existência, as ações e reações das pessoas “Outras”. Mas a pessoa que se dá a conhecer de certa forma, não é a mesma que se revela em outros contextos de convivência.
Cada pessoa é, por si mesma, o “Outro” combatido. Por vezes aliado. Mas cada pessoa se omite em encontrar e justificar a realidade ficcional do “Outro” em si mesma. Todos são simulacros de uma individualização (Jung) que nunca se estabelece. Todos são inteiros e igualmente dispersos. Os caminhos das personagens de L O S T se bifurcam ao modo da narrativa literária de Borges. Por mais que se revele o “Outro”, ele permanece oculto. Por que todos fazem parte de uma comunidade que não se reconhece vivendo pelos mesmos interesses de sobrevivência. Da espécie.
Em L O S T os “Outros” se ocultam numa sociedade (Dharma) que não revela seus objetivos porque não os tem. Ou porque são por demais inconfessáveis. Como os objetivos que estão por detrás dos bastidores da realização da “Fifa World Cup Trophy”. O complexo sistema de dominação do arquétipo do desejo pessoal e social que se realiza apenas na capitalização do entusiasmo coletivo por algo que não lhes trará nenhuma melhoria de condição de sobrevivência. As pessoas que torcem pelos times de futebol de cada país participante, continuarão as mesmas, com os mesmos problemas, pessoal e social, de antes do evento.
Se eram náufragos, e todos são náufragos, continuarão na condição de sobreviventes da ilha. Continuarão sobreviventes e testemunhas dessa sobrevivência. Sem que nada mude na comunidade (que não é uma comunidade) ou na sociedade e em suas vidas. Os paradigmas que regem a sociedade e as vidas continuarão os mesmos. Quem ganha com o entusiasmo gerado pelo evento que instiga sobremaneira os ânimos dos torcedores? Quem ganha realmente com a incitação e o açulamento do arquétipo oculto do desejo pessoal e social de cada torcedor?
Resposta muito resumida: os empreiteiros nas construções e reformas de obras. Os proprietários de estabelecimentos de hospedagem, os políticos que estarão usufruindo dos esquemas de propinas e maracutaias, as empresas aéreas e rodoviárias, os donos de empresas de transporte público, os motoristas de táxi, os proprietários de padarias, bares e restaurantes, as empresas de transportes aéreos e rodoviários, os cronistas que estarão expondo a insaciável vontade de aparecer e expor seus conhecimentos sobre futebol, os calçadores de chuteiras, os caçadores de curiosidades no mundo dos comedores de “bola”, os esquemas milionários de lavagem de dinheiro por detrás da comercialização dos joga dores nas transações nacionais e, principalmente, nas internacionais.
Na realidade com esse evento, na aparência parece que todos ganham, na realidade é uma tragédia de regressão emocional, social. A “Fifa World Cup Trophy” investe na suposta qualidade dos serviços prestados à população do país sede. Que ficará endividado por dezenas de anos. A cultura deste país sede ganha, realmente com a exposição de suas mazelas e de seus destaques, ou seja, nas demandas dos velhos paradigmas selvagens do capital. Na realidade esse evento esportivo privilegia apenas os intereses do capital que nada têm com os interesses de evolução emocional e cultural da qualidade do comportamento interativo entre os membros da sociedade.
A educação fundamental e média nada ganha em melhorias. Muito pelo contrário. Os comedores de “bola” terão feito escola e serão os ídolos das crianças de ambos os sexos que terão como meta máxima de realização pessoal, se transformarem num deles. Quem sabe serem artilheiros numa próxima “Fifa World Cup Trophy”. Consequentemente, as academias do ensino dito superior vão continuar fazendo de conta que preparam bons profissionais para atender as demandas sociais de cada profissional diplomado. A enganação e o simulacro políticos ganham uma sobrevida a muito longo prazo, até o próximo evento “Fifa World Cup Trophy”. Os investimentos em saúde pública vão continuar patinando nos interesses políticos dos governantes e parlamentares eleitos nos litígios recentes e nas questões judiciais a propósito dos deslizes dos candidatos nas campanhas dominadas pelo impulso primitivo (arquétipo) de enganar a população pela demagogia.
A violência e a ultraviolência social aumentarão a rápido, curto, médio e a longo prazos, desde que a frustração pessoal em decorrência de 31 dos 32 países participantes não terem ganho a Copa. Nesses, os problemas sociais não tendem a permanecer os mesmos. Desde que, socialmente, a inércia dos grupos tem vocação ao movimento impulsivo da reação às condições deletérias nas quais sobrevivem e testemunham a sobrevivência carente dos seus pares. Consequentemente, a violência social está propensa a aumentar. As mazelas da educação da saúde e da segurança tenderão a se agravar. A dominação política dos esquemas financeiros e econômicos que exercem comando, comunicação e controle sobre a vontade pessoal e coletiva da sociedade estarão superlativamente favorecidos.
Logo, a “Fifa World Cup Trophy”, em última instância, é um acontecimento de consequências sociais regressivas. Não contribui em nada para a qualificação intelectual, emocional (espiritual) da espécie humana. Muito pelo contrário.
É do conhecimento da grande imprensa investigativa, tal como menciona Andrew Jennings em “Foul! The Secret World Of Fifa”, que quem vai à Copa do Mundo tende a ficar sem ingressos e a adquiri-los dos cambistas, sabendo que boa parte desse ágio volta para o bolso dos colarinhos brancos da Fifa. O jornalista não prova, mas sabe, pelas evidências, que a coisa acontece dessa forma. Os governos tem condições de investigação, mas não investigam por falta de interesse e conivência para com a burocracia da Fifa. Os políticos, segundo Jennings, tal como fazem normalmente, ignoram os direitos e a proteção aos eleitores torcedores. É o que já está acontecendo com a “Fifa World Cup Trophy” de 2014. “Qualquer brasileiro, afirma ele, com mais de 10 anos sabe que a corrupção já está com seus esquemas funcionando. Por que as autoridades não fazem nada. Vive-se numa cultura fascista. Numa cultura de gângster.”
São dele as afirmações: “COI e FIFA são máfias associadas, apoiadas uma na outra. Máfias, apoiadas umas nas outras. Coca-Cola, redes de fast-food, Adidas, essas companhias sabem o que está acontecendo. E contribuem para que aconteça. Jacques Rogue, presidente do COI, disse em Turim, em 2006, que o COI e o McDonald´s compartilham os mesmos ideais. Todos sabem que a obesidade infantil é um problema gravíssimos em vários países. Faz parte do jogo ceder a esses interesses.”
Nesses tempos difíceis há mais raiva, desespero e crime do que a humanidade pode suportar sem entrar num ciclo inédito de deterioração das relações humanas. E esses tempos difíceis tendem a ficar cada vez mais insuportáveis para os seis bilhões e meio de pessoas que estão abaixo dos interesses das grandes corporações midiáticas comandadas pela cobiça e a conveniência de lucros localizados que tornam globalizadas as atitudes de raiva, medo, violência, e o tsunami de crimes que tende a aumentar em quantidade proporcional às exigências de submissão de todos aos ditames do entretenimento midiático globalizado.
Enquanto isso, o presidente analfabeto “se acha”. Cada vez mais. Com 78% de aprovação de seu desgoverno por pessoas que são detentoras de uma dívida de gratidão pelas esmolas recebidas em programas sociais tipo “Bolsa-Família” (Bolsa-Bufa). A condição miserável de sobrevivência dessas pessoas e famílias, são uma mostra de que a humanidade explorada por tanto tempo e sobrevivente em condições ultramiseráveis, proporcionadas por uma cultura de dominação implacável e gestão da ignorância popular globalizada, está apta a acreditar em mais e mais ficção. Desde que essa ficção proporcione a essa maioria, a ilusão de que estão entusiasmando-se pelos mesmos interesses quando torcem por um time numa partida de futebol.
Na realidade, estão entusiasmando-se pela manutenção de sua própria condição cultural desprezível (educação de quinta). Contribuindo para o enriquecimento cada vez mais concentrado de bens e ativos financeiros de uma minoria. Uma minoria que deseja ver cada vez mais deletérias, as condições de sobrevivência e de sustentabilidade social das multidões que frequentam os estádios para ver jogos dos comedores de "bola". Muito bem pagos para prestar serviços criminosos de bastidores a seus patrões da Fifa. E instituições quejandas.
Esses 78% de pessoas que aprovam o desgoverno do presidente analfabeto (Lulla L O S T) são uma maioria baseada na credulidade discursiva dessa marionete deslumbrada com o poder e usada por esse poder, para ser uma espécie de propagandista de uma mentira universal: a de que os índices ufanistas de desenvolvimento correspondem a uma melhoria da condição ultrajante de sobrevivência de suas famílias, da humanidade globalizada pela ficção da propaganda sistêmica.
Essas pessoas, assim como o presidente analfabeto (Lulla L O S T) não possuem as mínimas condições mentais, intelectuais, para saber que estão vivendo um simulacro de uma sociedade de consumo cujo progresso é apenas o progresso de algumas dúzias de investidores associados ao REICH DOS MIL BANQUEIROS. E que esse progresso está configurado sistemicamente, em termos de uma configuração de sobrevivência da humanidade cada vez mais carente de todas as coisas que dizem respeito à qualidade de vida: pessoal e coletiva.
Mas o presidente analfabeto está tão superlativamente ciente de que é mais do que uma simples marionete usada e abusada pelas forças políticas e econômicas da história, que chegou a ameaçar em pleno ar, um âncora de jornal de tv (Boris Casoy) quando este perguntou:
Boris Casoy — Fala-se de uma aliança do eixo Chavez, Fidel, Lula...
Lulla L O S T — Eu te aconselho até a não repetir isso no vídeo.
Boris Casoy — (Risos).
Na sequência da entrevista Lulla L O S T, o presidente analfabeto, citou o nome de várias personagens, ex-presidentes de repúblicas, reconhecidamente corruptos, popularmente reprovados e banidos da sociedade pela atuação política deletéria em suas gestões nos executivos nacional e internacional.
Lulla L O S T tornou-se uma vergonha nacional irredimível para todas as pessoas e eleitores que não devem agradecimentos a nenhum óbolo oficial para ajudar um povo esmoler a sobreviver. Uma esmola tipo Bolsa-Família. Da qual elle, seu governo, se orgulha em fornecer. Ao invés de investir na mudança dos paradigmas sistêmicos vigentes na educação, na saúde, na segurança, na paz e na tranquilidade cada vez mais inexistente e insuportável da família brasileira.
É essa proporção, o número mágico da relação entre os intocáveis da propaganda midiática e o resto da humanidade: 78% de pessoas que se sentem gratas por uma suposta melhoria de suas miseráveis condições de sobrevivência num mundo simulacro de realidade ficcional. E 22% de pessoas que mantêm, não obstante as pressões em contrário, uma percepção da realidade coerente com as diferenças entre os paradigmas da realidade sistêmica e a ficção da sobrevivência. Com um mínimo de dignidade. A preservar.
Até quando, este país e a humanidade vão aceitar vivenciar essa realidade simulacro? Imposição sistêmica de ficção ordinária, maquiavélica e perversa? Como nunca se viu antes neste país!!!
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 05/07/2010
Alterado em 12/07/2010