Há um foco de fofocas
Na revista das dondocas
Há um foco de fofocas
Na entrevista da cocota
Há um foco de fofocas
Nesse falar no celular
Há um foco de fofocas
No ambiente virtual
Dessa sala de jantar
Há um foco de fofocas
A imperar no Moreno
Há um foco de fofocas
Em todas as seleções
Há um foco de fofocas
Nesse clima pouco ameno
Entre atletas camarões
Há um foco de fofocas
Nas argolas desses braços
Há um foco de fofocas
Nos autógrafos e abraços
Há um foco de fofocas
Nessas próximas eleições
Há um foco de fofocas
Em todo esse estardalhaço
Há um foco de fofocas
Nos gramados dessa África
Há um foco de fofocas
Nessa Copa malasartes
Há um foco de fofocas
Proa à popa desse barco
Há um foco de fofocas
Nessa emoção de museu
Há um foco de fofocas
Nas galeras sem noção
De que isso tudo é teu
Há um foco de fofocas
Na política de exclusão
Há um foco de fofocas
Em toda essa transação
Há um foco de fofocas
Na seleta desse Anão
Há um foco de fofocas
No mastro dessa bandeira
Há um foco de fofocas
Em toda essa safadeza
Há um foco nessa máquina
Que não é mais fotográfica
Há um medo sempre pânico
Nessas galés à vuvuzelas
Há um foco de fofocas
Nesse dedo na ferida
Há um foco de fofocas
Na estridente vuvuthela
Nesses decibéis da Copa
Há um foco de fofocas
Em quarenta polegadas
Há um foco de fofocas
Três gols do Ronaldinho
Há um foco de fofocas
No patriotismo de “bolas”
Nessa bola a ir e a vir
No triunfo do novo Veja
Esse “perfume da natureza”
O vaso vai consumir.