O "Big-Brother" Da Sapucaí Em Dias De Festas Eleitorais.
Brasil, Mostra A Tua Cara, quem paga para a gente ficar assim? Pesquisas recentes informam que os jovens da “classe de fazer média” (glória maior das mídias), estão vivendo num clima de incerteza quanto ao futuro. Seus planos estão mais fáceis de desabarem do que da possibilidade das pessoas com canudo de papel acreditarem neles (planos, neles, canudos de papel).
Grande parcela das pessoas recém-saídas das faculdades chega à conclusão de que os pedaços de papel atestando que possuem curso superior, não estão sendo valorizados pelas exigências da libido da classe empresarial que emprega, por vezes, a partir do compromisso silencioso de submissão emocional, as pessoas com diploma de curso de terceiro grau. Quando saem da faculdade, nada têm, exceto a necessidade de um emprego e um tubo de papelão purpúreo com um diploma dentro.
Os universitários provenientes das faculdades gratuitas, que funcionam (muito, muito mesmo) precariamente com verbas dos governos, estão tão necessitados de um emprego como seus pares sem aquele pedaço de papel (no tubo vazio de papelão púrpura de curso superior que receberam na formatura). A diferença maior parte das vezes, está em que vão se prostituir para as carências emocionais dos empresários representantes do capitalismo cromagnon, quero dizer, do capitalismo luxurioso dos "psycho motéis", em troca de um salário. Por vezes mínimo.
Talvez por isso haja uma simpatia generalizada pelas possibilidades de um candidato a presidência da República, que tinha por profissão, coincidentemente, a de torneiro mecânico. Todos querem mudança. Não mais desejam ficar esperando por elas, as promessas dos políticos de partidos tradicionais que as prometem e não as cumprem jamais. Desde os tempos da República Velha e do "pralamento" do Império.
O perfil do eleitor frustrado se enquadra no perfil social das urnas de outubro. O candidato torneiro mecânico, em seus tempos bicudos, estava a aplainar uma peça de madeira num torno. Uma falha técnica levou um dos dedos do trabalhador. Ele agora compensa a perda de um jeito mais objetivo: elegeu-se presidente da República porque as pessoas estavam cansadas das "caravelhas" dos partidos políticos tradicionais e de suas promessas de palanque. Quem sabe um ex-trabalhador pudesse se comover com a situação de seus contemporâneos.
O presidente Lula da Silva representa não apenas o candidato de milhões de miseráveis sem carteira assinada, sem contratos de trabalho, sem garantias trabalhistas constitucionais, sem aposentadoria, por vezes com um salário mínimo que compra uma cesta com uma quantidade desprezível de bens de consumo. Essas pessoas aceitam qualquer esmola com exagerada gratidão. Veja-se, por exemplo, os pais de família contemplados com o Bolsa-Bufa. Como são agradecidos. Elevam o nome do presidente às nuvens nas pesquisas de opinião. E Elle se aproveita. Por isso mesmo não mujda nada a situação falimentar, degradante, da educação.
A classe média agora tem duas classificações sociológicas palacianas: a média média e a média baixíssima. Esta, possui salário com isenção de imposto de (falta de) renda, com atividades ilegais, por vezes clandestinas, com gambiarras de água e luz funcionando como se legalmente. Em suas moradias há "creches" com tempo integral para os futuros trombadinhas e menores prostitutas a serviço do tráfico e da corrupção. E muita tvvisão para ver passar o tempo perdido. Até a idade madura e não tão esperançosa dos aflitos.
Os DAIs e os DASs, de tanto sucesso entres funcionárias que fazem de tudo, e entre funcionários que as ajudam nessa tarefa, são escassos para os raros funcionários públicos, os que, supostamente, querem realmente prestar serviços à população. Estes, não têm mínimos privilégios. Ao contrário.
Os medos e a ansiedade de perderem (o funcionalismo público) suas mordomias com um governo moralizante, que não tenha compromisso (nem rabo preso) com as safadezas institucionais das "congestões" públicas anteriores, faz esse funcionalismo ir ao banheiro mais vezes do que seria normal.
Afinal, 90% deles (funcionários públicos) venderam suas almas para o cartão de ponto (os trinta dinheiros do salário que o Estado paga), não apenas por seus serviços, mas para ficarem coniventes e calados, agindo como se não vissem nada do que acontece em seu redor, e nada ouvissem da população que, por sua vez, não tem voz nem vez.
A população cansou de demandas sem respostas. Conforma-se em ficar lá embaixo, na escala social sem cidadania, excluída das benesses do consumo, conformada com as gambiarras da sala de jantar que lhes permite torcer pela "Barbie" menos imbecil ou pelo bestalhão mais esperto do "Big-Brother Brasil Cromagnon". Isto é o que a globalização dos processos culturais via mídias reservou para ela, população. A educação formal não lhes acena com a mínima possibilidade de ajudar-lhes na tarefa de mudar essa situação. Esse estado de sítio da alma.
Esse funcionalismo está começando a sentir-se incômodo dentro da fantasia por tanto tempo mantida, de pequeno burguês ascendente socialmente. A escala ou escada social através da qual galgaram degraus, está precisando de reformas. A instabilidade emocional e econômica está pagando o maior mico, pessoal e coletivo, dentro das instituições oficiais e dos quadros burocráticos dos governos, mesmos aqueles supostamente mais favorecidos por mordomias tipo DAÍ, DAS.
Os universitários saídos das faculdades, aplaudidos pelos familiares nas festas públicas de graduação, com um tubo púrpura semi-vazio debaixo do sovaco, desejam apenas passar em concursos públicos para garantirem uma aposentadoria "trabalhando" para uma engrenagem burocrática enferrujada há séculos, e que tão somente funciona para manter o faz-de-conta de que se está fazendo alguma coisa para mudar a situação falimentar da educação, da saúde, da habitação, da insegurança, da falta de salários nos empregos, nas aposentadorias.
A máquina do Estado só funciona para manter os filhinhos do alto clero político e burocrático dos três poderes, em funções públicas sem nenhum retorno ou função social. Ganhando altosw salários via empreguismo tipo atos secretos do presidente da Casa Grande Senado.
Enquanto isso o pânico social aumenta a olhos vistos. As palafitas das periferias desdobram-se em quantidade geométrica rumo aos horizontes geográficos das metrópoles que se querem em breve megalópoles. Os homens pré-históricos, anteriores ao aparecimento da escrita (sem educação escolar elementar), mas conhecedores dos metais das armas de todos os calibres, inventam crimes a cada dia mais pavorosos, enquanto uma juíza do Supremo (do alto de sua elementar "sabedoria" jurídica) afirma que a redução da maioridade para criminosos com menos de dezoito anos, não resolve o problema da criminalidade. Claro que não resolve. Mas atenua. Num quadro solcial onde todos contribuem para piorar a situação, atenuar a violência urbana já é alguma coisa.
E o presidente Lulla da Silva canta junto com essa juíza esse refrão ordinário de quem não está sabendo de nada do que acontece nas ruas, avenidas, praças públicas, estradas, periferias, das cidades pré-históricas do século XXI. Com uma cultura e uma educação quando muito, neolítica.
A classe média filha do funcionalismo, tem por objetivo social maior, manter a economia de seu “State of Mind”: uma vida, o mais parecida possível, com as das personagens dos filmes brasileiros da década de 50: uma vida social atualizada a partir das antigas pornô chanchadas. Dos enredos cinematográficos tipo “Noite Vazia”, atualizados a partir de uma crítica de costumes "very, very light" tipo "A Grande Família". Bota grande nisso!!!
A chamada alta burguesia nacional, quando o atual presidente ainda nem havia esquentado a poltrona da reeleição para assistir os jogos do Corinthians e os da Seleção nacional, já tramava em favor do candidato com nome de ferramenta de filme de terror, de modo que ele seja o candidato do "Reich dos Mil Banqueiros" para as próximas eleições presidenciais daqui a pouco. E o carnaval está nas ruas. "Alegria, Alegria". Carnaval Olimpiadas. Carnaval do Futebol. Carnaval das empreiteiras. Carnaval do frescobol. Brasília é só carnaval.
Frevo em Recife, Trio Elétrico na Bahia, Samba Enredo na Sapucaí, todo dia uma micarina num psico motel do Piauí. Bailes nos clubes das cidades dos predadores neantropídeos. "Alegria, Alegria": O país em peso comemora as últimas barbaridades cometidas nas ruas das cidades, a exemplo de uma criança de seis anos arrastada por trogloditas drogados da mais alta periculosidade, escondendo-se sob a rubrica de "de menor", protegidos por juízes do Supremo que não mudam a lei para criminalizá-los. Quem sabe pudesse ser o filho de um deles dirigindo o carro. É preciso cautela para mudar as leis dos menores com grandes possibilidades de serem filhos de autoridades.
Enquanto isso a classe da burocracia do funcionalismo público descolada pelas mordomias salariais em causa própria, está cada dia mais inadimplente. Os nomes no CERASA e no SPC. O Brasil é um país mais imaginário do que real. Não fosse, como explicar tanta fantasia mascarada de demonologia ingênua e pagã? Tanto carnaval em meio a tanta tragédia social a olho nu.
O Haiti é mesmo aqui ministro da Cultura? Ou será que a pergunta é mais apropriada para o ministro da suposta Educação?
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 01/05/2010
Alterado em 01/05/2010