Os relativamente imortais
Estiveram aqui. Nadavam
Próximos aos dinossauros
Só pra se divertir. Sabiam
De um cometa gigante
Que se aproximava daqui.
E com seus pés descalços
Cantavam alto só pra se
Divertir. Colheram sangue
Estocaram ovos, fizeram
Partos. Puseram em jaulas
De vidro animais recém-
Nascidos. Eram monges
Colhiam plantas e os
Gusanos em seus caldos
Verdes ingeriam enquanto
Trabalhavam e bebiam a
Cachaça que trouxeram
De muito longe. De planetas
Distantes. E curtiam as
Florestas tropicais. A
Amazônia habitada por
Animais próximos à extinção.
Havia muita ação. Muitas
Coisas a fazer. Milhares de
Espécies ameaçadas. Muitas
Amostras conservavam em sais
Encheram seus travesseiros
De penas de pavão. Dormiam
Em suas naves espaciais antes que os
Pedaços do cometa começassem
A cair no chão. Antes que fosse tarde
Para as espaçonaves saírem aeropausa afora
Na contra-mão das rochas minerais.
As águas dos rios tão límpidas. As ondas
Dos mares translúcidas. A natureza
Agônica, parecia nauseada. Ondas de
40 metros fariam o surfista prateado
Correr. Ele morreria de medo de
Acordar cedo pra ver o sol nascer.
As montanhas tremiam. As águas
Subiam. As jibóias enroscadas nas
Sequóias gigantes voavam alto como
Se tivessem asas. As árvores pelas raízes
Arrancadas. E os ventos, a 400 km
Por hora devastavam a terra devastada.
Alguém comentou: “Ta maus”
Depressa os ETs em suas naves haviam
Se mandado. E filmavam tudo de muito
Alto. Enquanto todas as coisas no planeta
Terra sumiam rapidamente do mapa astral.
Os dinos desapareceram em 52 linhas