Brasília do corporativismo
Das aposentadorias com idade de trombadinhas
Tombadas crianças em direção aos guzanos
Marginalizadas por gerações de políticos necrófilos
Capital dos magistrados miraculosos
A serpentearem em torno do berço esplêndido
Sugando a aura de cada recém-nascido
Garantia para que não haja futuro
Eles conseguiram
Eleger o presidente “cavalo de Tróia”
Do real que valia um dólar
Que deu ao povo uma inflação baixa
E lhes tirou tudo o mais a que têm direito
Brasília dos motéis à Lady Cinderela
Capital da memória coletiva negativa
Das perebas e viroses satélites, terminais
Cidade que se vinga dos eleitores
Órfãos de tudo, sem pai nem mãe, sozinhos
Negando-lhes a mais elementar Ética.
Brasília dos lobbys piratas do ensino privado
Dos bucaneiros da cambada ruralista
Dos usineiros venha a nós, ao nosso reino, migalhas
Vaca folclórica dos boiardos do Pelourinho, Que
Abortam o futuro, como se o amanhã não valesse nada
E entronizam as atrozes políticas à fragogate
Para privilegiar os “favoritos” do “rei Mulatinho”
Algoz feroz e impiedosa dos semteto, semterra
Semsaúde, semsalário, sememprego
Terra dos parlamentares malucos por tudo
Exceto por Ética
Amaldiçoados nos terreiros da anaconda e do arco-íris
Capital do futuro inexistente
Aliados dos supostamente adversários
Dos malandros ministros
Mumificadores de gerações
Investidores fanáticos de um amanhã
Sempre amanhã, sem presente
BenditosejaJeováquemefarásairdaterradoEgito