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O Príncipe Das Trevas: Titular Apagão Da Globalização (I)
Anterior a Bill Gates e Paul Allen, fundadores da Microsoft, maior empresa de softwares do globo, o psiquiatra suíço Jung, conterrâneo do “tio” Freud, descobriu a multinteratividade psicibernética: a “globalização” sempre existiu. Desde as mais remotas eras a humanidade estava plugada globalmente na “Internet sem fio” do magnetismo Inconsciente Coletivo.

Desde nossos ancestrais primatas sapiens que migraram na Glaciação para descobrirem, a pé, as américas, aos “heróis” dos descobrimentos e da colonização (Colombo, Cabral, os irmãos Pinzon, Cortez, Vasco da Gama), navegaram nas caravelas suas caravelhas, chegando muito depois e muito mais confortáveis, às assoalhadas praias do continente americano.

Dos muitos fenômenos parapsicológicos multinterativos, destaca-se a telepatia. Desde 1882, com a fundação da Society for Psychical Research, em Londres, da qual fariam parte, posteriormente, alguns detentores do Prêmio Nobel, destacaram-se na apresentação de resultados do estudo dos fenômenos de comunicação inconsciente, a Duke University (J.B. Rhine), na Carolina do Norte, Estados Unidos, e a Universidade de Leningrado, na Rússia (ex-União Soviética).

A menção ao inconsciente coletivo (ICC) como agente primeiro da “globalização” através da telepatia, se justifica: em 1953, no Congresso Internacional de Ultrecht, na Holanda, a parapsicologia foi reconhecida oficialmente ciência. A “globalização”, via Internet, teve como antecedentes as Cruzadas, as narrações de Marco Polo, a criação da imprensa por Gutemberg, e as grandes navegações que deram origem às narrativas fantásticas de marinheiros e pescadores.

A consciência de uma unidade cultural planetária (“globalização”), originou a formação de Estados nacionais no século XIII. Marco Polo, autor do “Livro das Maravilhas”, mercador e viajante italiano nascido na Dalmácia, atual Croácia, em 1254, na época província veneziana, descreveu o mundo pelo qual havia navegado.

A “globalização” de interesses expande-se a partir das grandes navegações com o surgimento da burguesia mercantil em busca de novos mercados, fora dos domínios europeus. A conquista do Novo Mundo teve por pretexto evasivo a doutrinação religiosa dos “povos infiéis”.

A ânsia pela conquista e ampliação de novas terras e mercados, ricas em matérias-primas, ouro, diamantes e em outros carbonados, justificaram a invasão da América Latina, do Sul e de outros continentes, pela burguesia ascendente, sob a justificativa religiosa de estarem levando a religião para “salvar a alma dos pagãos”.

Os colonizadores legitimaram a submissão dos habitantes das colônias aos interesses políticos e ideológicos de cobiça e avidez pecuniária do invasor, motivado à conquista de novas terras pela insuficiência da produção agrícola, pelo declínio econômico da nobreza, o encarecimento dos produtos orientais, e a aflição dos burgos europeus pela posse de metais preciosos, pelo saque das riquezas naturais e da força de trabalho dos povos colonizados.

A imprensa moderna ocidental (a “Galáxia de Gutemberg”), e a invenção do rádio, principais precursores da Internet, revolucionaram os processos de composição e transmissão da sede insaciável de dominação dos povos latinos pelos europeus, camuflada por supostas boas intenções, começavam a europeização de outros continentes, a pilhagem e a devastação de seus recursos naturais. ““Globalização” é o processo através do qual o espaço mundial adquire unidade””.

O capitalismo nasce e cresce com o comércio e a circulação de mercadorias. Expande-se com a Revolução Industrial do século XIX, quando o segundo estágio do processo de globalização começa. O capital ficou disponível para investimentos em lugares muito distantes, abrindo caminho para a integração (“globalização”) da economia internacional.

A ânsia e a exaltação da expansão econômica, a gula insaciável por lucros financeiros, a aspiração febril pelo poder, riqueza, domínio, comando, comunicação e controle dos mercados produtores de matérias-primas e consumidores de mercadorias industrializadas, lideradas pelas empresas transnacionais americanas, européias e japonesas, conduziram o mundo às condições políticas que geraram a Primeira Guerra Mundial.

A Grande Depressão de 1929 deteve temporariamente esse processo selvagem (cromagnon), antropofágico, de disputa e rivalidade entre produtores, comerciantes e industriais liderado pelos Estados Unidos, tendo como rivais a Alemanha e a então, decadente, Grã-Bretanha.

Para o capital internacional obter lucros astronômicos nos países neo-colonizados, onde a mão-de-obra e os incentivos governamentais aumentavam seus patrimônios sem que precisassem investir dos próprios ativos financeiros, era como tirar doces da boca de crianças paraplégicas.

A vontade delirante de domínio político e econômico dos mercados pelos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), originou a II Grande Guerra. Em 1944, na conferência de Bretton Woods, os Estados Unidos e seus aliados instituíram um sistema internacional de câmbio baseado no poder aquisitivo do dólar. O domínio econômico dos Estados Unidos, cria um quadro estável para as trocas internacionais, via importação e exportação de matérias-primas, e da produção industrializada.

Nascem dessa conjuntura o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), também conhecido Banco Mundial. As políticas de câmbio são impostas pelo grupo das cinco grandes economias: Estados Unidos, Japão, França, Alemanha e Grã-Bretanha. O G-5 logo se transformou em G-7, com a inclusão da Itália e do Canadá. O G-7 passa a ditar as normas das políticas de câmbio globalizadas pelo dólar.

Na década de 70 as crises recessivas estabeleceram as bases de aperfeiçoamento dos procedimentos tecnológicos tradicionais. Esta década originou o atual estágio da globalização: mudança de hábitos, substituição das tecnologias clássicas, instituídas na virada do século XIX para o XX. É o crepúsculo dos deuses das técnicas antigas de dominação: a tecnicidade tradicional cede lugar aos circuitos integrados e ao “chip”.

A mágica da coisa global emergente é a microeletrônica de transmissão de informações e notícias: a automação, através da qual os sistemas automáticos se autocontrolam. A robotização dos processos produtivos se estabelece. Passa a valer a terceira Revolução Industrial tecnocientífica: aplicação da ciência da semântica na venda de novos produtos, através das agências de publicidade, propaganda e relações públicas, veiculando-os nas mídias.

O hipnotismo do consumismo não é exercido no sentido de fazer comprar, apenas: mas no de fazer comprar subliminar e ideologicamente. A ideologia liberal cede lugar a outras máscaras da mesma ideologia cromagnon de produção e dominação: o neoliberalismo se sobressai como inovador, quando não passa de um discurso supostamente novo.

As políticas liberais do pós-guerra, responsáveis pelas explosões internacionais de consumo, criam as siglas do comércio “globalizado”. Os preços internos chegam junto dos preços internacionais. O “I wake up General of Trade and Tariffs”, Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT), é criado. “Fast fudds” tipo McDonald’s, mantêm preços internacionais como se representantes da cotação “globalizada” do dólar.

O big-mac mantêm o mesmo preço em Picos, interior de Teresina, assim como nas cidadezinhas de periferia no interior do Japão e da Conchinchina. O sistema de normas comerciais previne uma suposta volta das políticas ultraprotecionistas que assolaram as trocas comerciais antes e após a crise de 1929. As tarifas alfandegárias das tabelas de fretes vigentes no momento da eclosão da II GG eram de 40%. Na década de 90 chegaram a 5%, e devem chegar à metade (2,5%) nesta primeira década da virada do milênio.

O GATT, uma vez substituída sua influência em 1994, cedeu lugar à “World Organization of Trade”, Organização Mundial de Comércio. Esta, visa impedir ações unilaterais contrárias ao incremento das trocas (e das tropas), a serviço das empresas multinacionais que produzem mercadorias “globalizadas”.

A ideologia comercializada simultâneamente à exportação de produtos e serviços, através da propaganda destes, ganhou o mundo informatizado da opinião “globalizada”. A mentalidade de terreiro de quimbanda dos programas de tv, responsáveis pela transformação das células do sistema nervoso central (neurônios, axixônios, dentrites, sinapses), em lixo globalizado, reciclável com mais programas “talk-shows”, produz em todas as cidades do mundo o “inconsciente colhelixo” em que se transformou o “inconsciente coletivo” globalizado pela cibernética.

As teorias para justificar as novas formas de dominação tecnológica pipocam na imprensa mundial. Teórico simpatizante do consumismo desvairado, o cientista político americano Francis Fukuyama, arrotou a teoria segundo a qual o fim da Guerra-Fria, e a queda do Muro de Berlim, significavam nada menos que “End of the history”. Travestido do avoengo cromagnon, satirizado nos bailes de fantasia na antiga figura de rapina do “tio Sam”, ele acreditava (ou dizia crer), numa menor participação do Estado nas decisões políticas locais de interesse “globalizado”.

Para o garoto oficial da propaganda neoliberal, a suposta vitória do neoliberalismo significava “o fim da história”. Na visão “xuxalizada” das abstrações da realidade globalizada segundo Fukuyama, a massa mídia passaria a viver num mundo sem a possibilidade de um conflito entre potências atômicas, porque elas estariam “pacificadas” pela ideologia da “Massamídia no País das Maravilhas Globalizadas”.

O planeta Terra teria entrado numa nova fase de paz mundial, e as pessoas, transformadas em Alices no planeta das maravilhas globalizadas: A utopia infantilizada de Fukuyama não se justifica. Muito pelo contrário. Em todo o mundo, principalmente nas metrópoles tipo São Paulo, Rio, Belô, Tóquio, Nova Iorque, Londres, Paris, Roma, e também nas menores: Teresina, Fortaleza, São Luís, Recife, Natal, Maceió, Manaus, Goiânia, Brasília e Salvador.

A atomização das relações humanas se faz presente nas explosões constantes de violência e ultraviolência, através de atos pessoais e coletivos que não justificam a teoria otimista da volta ao paraíso perdido de Fukuyama.

O terrorismo internacional de grupos étnicos no oriente médio, ameaça surgir com explosões nos centros urbanos estadunidenses, denominados pelos chiitas islâmicos, da mesma forma que estes são qualificados pelos mandatários da política externa do “tio” Sam, de “agentes políticos de Satã”.

A Internet permite acesso a “sites” com dicas de como fabricar artefatos bélicos, explosivos, inclusive atômicos. É a “globalização” do instinto cromagnon. Evidência de que o besteirol neobobo de Fukuyama S/A, encontra adeptos apenas entre os fundamentalistas das teorias de propaganda totalitária da “globalização”.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 08/04/2010
Alterado em 08/04/2010


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