Textos

Mary Selvagem (Nosso Sustento)
A rainha da colheita
está a aquecer na treva
sua carência de amor

Chegou como que do nada
como que em busca
de uma simples flor

Trouxe consigo a experiência
de quem tecera
mil vidas e mil destinos

Filhos amantes e caminhos
em seu retorno de tecelã
veio digitar seu rebanho

Desta vez a rainha dos grãos
tal como Osíris, floresceu
na estranha e cinza vegetação

Seu apartamento pequeno
dividiu com outras cinco minas
todos os danos e sortilégios tvvisivos

Quis ser feliz, só colheu atritos
malditos horizontes, insetos, demônios
e periquitos. (Uma cultura sem espírito)

Pensou com seu pensar miúdo
que deveria, da próxima vez, ter
mais zelo com sua volta.

Esse Universo é grande
cheio de armadilhas. Viveu
sem suportar nem sol nem vida

Mãe, amante e mulher da vida
Cresceu a carne entre os animais
do planeta Homo sapiens/demens/sapiens

Dia a dia migrou, saiu em fuga
querendo levar consigo algum
algum conhecimento transcendental

Talvez se pudesse ajudar
quem sabe, a escolher melhor
outro horizonrte, ninho e sina

Nesse mesmo momento
em algum lugar do Universo
uma criança nasce e chora

(Numa cidade cinza)

Em pouco tempo, mãe,
de sua urna nascerá
uma raça sem raízes

Um paganismo neo-pós-moderno
antigo como os Celtas
e os solstícios

Novo. Como uma nova
Idade da Pedra. Troglodita
como esse continuum espaçotempo
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 07/04/2010


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