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“ — QUEM NÃO SE COMUNICA SE TRUMBICA”!!!
“ — QUEM NÃO SE COMUNICA SE TRUMBICA”!!!

Repetia o “Velho Guerreiro” do alto de seus fantásticos ibopes. Essa frase em todos os seus programas de auditório era repetida muitas vezes. A propósito: como está a comunicação entre Intervencionistas e as FFAA??? Comunicação é uma via de mão dupla. Comunicar significa achegar-se, conversar, externar, dialogar, conferenciar. Está havendo comunicação entre Intervencionistas e FFAA???

Pessoalmente, devolvi minha medalha de honra ao mérito militar. Nela estava escrito “maluco e tresloucado”. Acredito que não apenas eu devolvi essa medalha. Acredito que milhares de Intervencionistas que não querem os oficiais das FFAA no papel social de “salvadores da pátria” substituindo Don Lulla Ratão, o “salvador da pátria” defenestrada por sua liderança desastrada.

Os Intervencionistas não querem, presumo, medir forças. Mesmo porque as FFAA têm revólveres, pistolas, rifles fabricados pelos irmãos Koch, metralhadoras e submetralhadoras de várias procedências (Uzi, Thompson M1921), armas de fabricação própria, tanques de guerra, aviões, navios, submarinos equipados com armas convencionais e, suponho, até nucleares. Tropas treinadas e armadas.

E os Intervencionistas civis, o que têm??? Senão o patriotismo dos que querem ver a pátria sair do cabresto da supremacia comuna??? Isso não quer dizer que os Intervencionistas não tenham vergonha na cara, sejam masoquistas e gostem de ser agredidos com palavras tais como “malucos e tresloucados”.

Ora, a sociedade em 1964 saiu às ruas na Marcha Popular Pela Pátria e a Família. Saiu às ruas por Intervenção militar. Contra quem??? Contra os comunas que hoje ocupam todos os poderes da República Bolivariana do Foro de São Paulo. E onde estão os militares que não veem isto? Que desejam que o Povo volte às ruas sem que haja nenhuma ponte de interesses e comunicação entre civis e militares???

TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME É EXERCIDO. Todos sabem que o poder, civil ou militar, corrompe. E o poder absoluto corrompe absolutamente. Os Intervencionistas, presumo, não querem trocar seis por meia dúzia. Não desejam ver o Brasil sair de uma ditadura comunista para uma ditadura militar. Onde estão as vias de comunicação entre sociedade civil e poder militar???

Assisti a um vídeo onde um ex-militar discursa apaixonadamente chamando a sociedade civil para aglomerações frente aos quartéis. As manifestações seriam não nas ruas, praças e avenidas, mas fora da popularidade espontânea dos logradouros públicos. Ele vituperava contra a iniciativa própria de lideranças Intervencionistas (as chamava de chefias) populares. Civis não podem ter líderes, só os militares. Ele enfatizava que os movimentos espontâneos de civis (manifestações espontâneas de rua) eram todos monitorados por políticos.

Parece-me que não é detratando Intervencionistas que os militares vão conseguir apoio popular para a INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL. As FFAA querem que a sociedade civil dê a eles de mão beijada o poder absoluto de governança sem que haja comunicação e pontes de interesses comuns definidas entre eles e a sociedade civil??? Onde está a ponte de interesses que representantes das fardas deveriam semear entre sociedade civil e o poder militar? A sociedade civil paga os salários, o soldo dos militares para que a defendam.

Dentre aquelas milhares e milhares de pessoas nas ruas em 1964 havia familiares de militares das FFAA pleiteando INTERVENÇÃO. Se os militares quisessem INTERVENÇÃO HOJE não seriam eles os primeiros a incentivar familiares a sair às ruas pró-INTERVENÇÃO??? Mas, para que sair da zona de conforto??? É a sociedade civil quem está na Via Crucis do desemprego, do subemprego, dos serviços públicos sucateados, das aposentadorias na idade decrépita. São os “malucos e tresloucados” civis. Quem são eles contra todo “nosso poder armado”??? — "Que é nosso. Não deles".  
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 27/12/2016


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