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Leviatã: O Estado Globalizado Administrado Pelas Hostes De Satã
A única saída para a sociedade globalizada é, suponho, afirmar paradigmas novos na política, na estrutura jurídica, nas diretrizes dos governos. Em suma: humanizar-se. As hostes de burocratas e tecnocratas teriam de motivar ideias que hoje não fazem parte de seu repertório ideológico.

Ao invés das autoridades políticas, econômicas, jurídicas se comportarem como se fossem máquinas pulsionais, sem a mínima possibilidade de raciocínio lógico, humanista, emocional, e começarem uma jornada de limpeza de suas cagadas históricas, parecem, ao contrário, estar dispostos a continuar mostrando à sociedade que a mecânica quântica de seus afazeres, domesticados pelos atos secretos da sede cega de poder, vaidade e dinheiro, é mais forte. “Tio” Freud explicou.

O desejo por mais nunca finda. Bilhões, trilhões de reais e dólares são gastos em investimentos na afirmação da demência sapiens. A programação da Bolsa-Bufa do ex-presidente Analfabeto, a invasão de países pelo complexo industrial militar dos Estados Unidos. As políticas interna e externa dos países desenvolvidos e ditos em desenvolvimento...

Enquanto nas escolas do Bolsa-Bufa crianças e adolescentes aprendem a viver uma cultura do consumir mais, e a aumentar a quantidade de dejetos nos esgotos que desembocam nas praias de rio e no mar. A escola do ex-presidente Analfabeto investe numa educação para derrotados. Derrotados a rápido, curto, médio e a longo prazos.

Derrotados os pais, os filhos, os avós, as gerações de descendentes de uma política educacional de afirmação da banalidade. Como se a vida fora um exercício de jogar fora as oportunidades de crescimento intelectual, mental, emocional, para ceder lugar à cultura social endossada pelos famigerados escravos do senhor Mercado, marido amante da senhora Propaganda.

Do útero da senhora Propaganda são geradas gerações e gerações de criminosos. Marginais subservientes às pulsões do aprendizado do consumir. Mais. Mais e a qualquer preço: roubar, matar, sequestrar, violentar, votar nos políticos que mantêm as salas de aula preparando novas gerações de eleitores ignorantes de sua condição de exigir deles, políticos, uma política social que conduza ao exercício da cidadania.

Mas essas autoridades da “Praça é Nossa” dos Três Poderes, vivem e convivem num universo paralelo de infinita bossalidade ancestral. Ignoram propositalmente que a cultura mudou. Que as necessidades sociais não mais se ajustam às suas políticas de concentração de renda e poder. Esses chimpanzés do Parlamento não vivem no mesmo país, nas mesmas praças, ruas e avenidas das cidades. Onde vivem seus eleitores carentes de tudo. Órfãos de tudo.

Essas autoridades não fazem parte das cogitações e novas necessidades políticas de seus eleitores. Exceto no palanque dos discursos de uma morbidez verbal na qual exercitam uma demagogia perversa que promete mudanças de paradigmas na educação, saúde, transportes, habitação, segurança, enquanto transitam, nas entrelinhas e na boca pequena, a afirmação da Ditadura da Corrupção que há muito se apresenta como sendo a normalidade da política dita exercício político e jurídico da democracia.

Como disse meu amigo e leitor Cavenatti (Suzano/SP), um otimista radical, “DEMOcracia vem de DEMO, DEMO vem de DEMÔNIO, logo, DEMOCRACIA é mérito de SATANÁS”.  É preciso que nos lembremos, apesar desta evidente argumentação, que vivemos num país dito católico, que, pelo menos supostamente acredita nos méritos do humanismo cristão. E tem Cristo, não o capeta, como paradigma comportamental e filosófico da religião.

Mas as pessoas vivem no mundo laico, secular. E este mundo é gerido pela ambição e pela irracionalidade de seus políticos. A educação, a saúde e a segurança, principalmente, estão num momento crítico de carência máxima de seus serviços. Que deveriam ser de muito boa qualidade, considerando-se a imensidão do motante dos ativos financeiros acolhidos pelos impostos pagos pela população de eleitores, para que esses serviços básicos sejam oferecidos (sem nenhum favor) pela administração social dos mesmos à partir das atitudes administrativas das políticas institucionais.

Para Thomas Hobbes, autor de Liviatã, a guerra de todos contra todos (“Bellum omnium contra omnes”) só poderia ser evitada por um governo central forte. A história tem provado o contrário: que num governo central forte a guerra de todos contra todos é inevitável e perene. Veja-se o governo central forte de Adolf Hitler. Ele resultou na guerra de todos contra todos (II Guerra Mundial) até a derrota final da utopia nazista.

A Guerra de todos contra todos continua no mundo contemporâneo. E o governo central forte regido pelos ditames pulsionais (Freud) da corrupção institucional, faz com que essa guerra civil não declarada esteja presente em todas as instâncias dos governos municipais, estaduais e federais no mundo globalizado pela ganância e o desejo irreversível por consumir mais e mais do casal Leviatã dos tempos atuais: o senhor Mercado e sua dileta esposa, dona Propaganda de produtos e serviços.

Esse governo central forte chama-se Ditadura da Corrupção Institucional. Ou seja: enquanto os políticos trabalham para o enriquecimento intenso de grupos que exercem comando, comunicação e controle social (banqueiros e empreiteiros, p.ex.), os serviços básicos que deveriam ser norma na sociedade dita democrática, estão cada vez mais intensamente sucateados. Ênfase na educação, na saúde e na (in)segurança social.

Que fazer para mudar essa quadro social dantesco? Hobbes dizia em Leviatã: “Devemos concluir que a origem de todas as grandes e duradouras sociedades não provém da boa vontade recíproca que os homens tivessem uns para com os outros, mas pelo medo recíproco que uns tinham dos outros.” Quer dizer, o medo enquanto fator que impulsiona o desenvolvimento cultural das sociedades ditas organizadas.

Ora, se o medo à repressão produz nos indivíduos de uma sociedade a contenção do comportamento individual criminoso, por outro lado, uma sociedade passiva e amedrontada por seus esquemas de repressão social não possui autonomia para reivindicar mudanças sociais que se fazem urgentes. Ou não serão efetuadas nunca. Jamais.

Em consequência da aceitação desse constrangimento, a sociedade deve inverter a polaridade do medo que a mantém coagida e calada: as pessoas constrangidas, que não ouvem nada, não veem nada e não reclamam de maneira mais intensa e efetiva, moralmente são mantidas humilhadas e socialmente sucateadas pelos poderes que trabalham para si mesmos, e para uma “elite” política, jurídica e econômica que tende a exercer comando, comunicação e controle social pelo medo de uma repressão ainda muito mais brutal que se avizinha irreversivelmente:

A repressão social produzida pela pelas hostes militarizadas do novo Leviatã: a New World (Dis)Order.

Para sair desse impasse a sociedade precisa inverter a polaridade do medo e direcioná-lo àquelas autoridades que não trabalham pelas mudanças de paradigmas sociais na política, na estrutura jurídica e econômica dessa sociedade. Em suma: os eleitores precisam pressionar os poderes de modo que esses poderes ajam em concordância com a letra constitucional que garante que os poderes republicanos devem prestar serviços ao Polvo, pelo Polvo e para o Polvo.

O Polvo precisa aprender a mobilizar seus tentáculos no sentido de constranger os poderes constituídos, de modo que esses poderes cumpram as determinações jurídicas contidas nas leis e na Lei Maior: A Constituição.

Os atuais serviços prestados à sociedade por esses poderes concentrados na “Praça é Nossa” em Brasília, são de péssima qualidade. Se é que se pode mencionar qualidade quando esta inexiste realmente. A educação está sucateando o futuro dos brasileiros para além do século XXI. Está preparando gerações e gerações de marginais idiotizados pela dona Propaganda a serviço de seu marido, o senhor Mercado.

Logo logo a sociedade de ignorantes reais, virtuais e funcionais vai tomar conta de todas as instâncias de funcionamento social deletério. Na realidade essa situação já está vigente. Se os poderes continuam a trabalhar exclusivamente para o enriquecimento ilícito de grupos e oligarquias minoritárias, milhões de eleitores estarão cada dia mais necessitados do mínimo e do muito pouco.

E quando esse mínimo e muito pouco for oferecido a eles por um representante do poder Executivo a serviço daquelas minorias, então aumentará exponencialmente as necessidades sociais que supostamente teriam sido aplacadas. Exemplo?

O programa de distribuição de renda e atrelamento de coleira dos alunos às escolas do ensino fundamental e médio denominado Bolsa-Família, ou seja: o Bolsa-Bufa. Invenção deletéria do ex-presidente Analfabeto com a finalidade (“Os fins justificam os meios”) maquiavélica de iludir todo um país, inclusive os membros da suposta “Oposição”.

Ao investir dinheiro público num suposto programa de distribuição de renda e melhoria da educação, o ex-presidente Analfabeto quis matar dois coelhos com um único golpe. E esse golpe tem dado certo num país onde a “elite” política, econômica e jurídica está sempre a serviço do ilusionismo de Estado que exerce sadicamente comando, comunicação e controle sobre as carências sociais, como se estivesse sanando-as.

Eu não vejo a imprensa e a “Oposição” empenhadas em mostrar à sociedade brasileira o logro, a trapaça política ardilosa que representa o Bolsa-Bufa para a população de eleitores brasileiros iludidos com os trinta dinheiros da dita Bolsa-Bufa.

E o trambique político do ex-presidente vigarista continua a avassalar as possibilidades reais de uma mudança estrutural na educação, no ensino fundamental e médio, de modo que o ilusionismo do Bolsa-Bufa transforma toda uma sociedade em refém de uma política social deletéria, tipo tapa-buraco, que condena à inadimplência mental, intelectual e cultural toda uma sociedade que vai pagar (está pagando) com os juros da violência, da ultra-violência e da criminalidade disseminada em todas as instâncias do psiquismo social.

E a correção monetária do medo impulsionado por uma sociedade educada para exercer um comportamento de intensa alienação mental e virulência indiscriminada, em nome da descendência dos filhos de dona Propaganda e do senhor Mercado.

A New World (Dis)Order prepara-se para manter passiva a reação globalizada a essa forma de dominação desumana. Se a polaridade do medo social não for canalizada pelos eleitores para pressionar os serviços sociais a melhorar o padrão de atendimento (educação, saúde, segurança) em breve a humanidade não mais precisará de nenhum tipo de recursos humanos.

O otimismo mencionado de meu amigo escritor Cavenatti se afirma quando ele diz que a tecnologia ajudará os homens a nortear a vida rumo ao Respeito, à Tolerância e à Liberdade. Quanto a mim, acredito que a tecnologia a serviço da dominação social pelo sucateamento da mente das crianças e adolescentes, via educação tipo Bolsa-Bufa, contribui apenas para que a dominação atroz e super-violenta da sociedade pela NW(D)O chegue a galope. Mais rapidamente do que se pensa.
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 29/02/2012
Alterado em 06/03/2012


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